Estado de São Paulo confirma dois casos de febre chikungunya em Campinas

O CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde confirmou dois casos importados de chikungunya (CHIKY) no município de Campinas e notificiou o Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa). Os casos referem-se a soldados do Exército Brasileiro que voltaram de missão no Haiti na semana passada. O CVE já confirmou 6 casos no estado, todos soldados que retornaram do Haiti. Até recentemente havia sido detectado somente na África, onde estava restrito a um ciclo silvestre (Jupp & Kemp 1996, Diallo et al. 1999), e na Ásia e na Índia onde sua transmissão era principalmente urbana, envolvendo os vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus. Casos da doença causada pelo vírus, a Febre Chikungunya, foram detectados no Brasil pela primeira vez em Agosto de 2010.

Imediatamente após a notificação dos casos, para evitar a propagação da doença, a equipe de Vigilância em Saúde de Campinas desencadeou todas as ações de vigilância, prevenção e controle preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. O trabalho inclui bloqueio químico (nebulização) e mecânico (inviabilização de criadouros) no entorno da Brigada Militar, batalhão de origem dos dois soldados e para onde eles se dirigiram quando retornaram ao Brasil. Também foi promovido o isolamento dos soldados.

A atividade em campo contou com o apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). Seguindo recomendação do CVE, os soldados estão sendo cuidados no Hospital Militar de Área de São Paulo.

Além dos dois casos de Campinas, quatro soldados de outras localidades que estavam na mesma missão no Haiti também foram confirmados com a doença. Da mesma forma, todas as ações foram desencadeadas. Tais ações foram coordenadas pela Secretaria de Estado da Saúde e contaram com a colaboração de interlocutores do Exército e da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O chikungunya é um vírus transmitido aos seres humanos por mosquito Aedes. Os sintomas iniciais são febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Diferentemente da dengue, doença viral transmitida pelos mesmos vetores, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre 6 meses e 1 ano.

O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas4 . O nome Chikungunya, que significa “aqueles que se dobram”, tem origem no Swahili, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença, em 1953, e refere-se à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, característica da doença. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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