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Nossas mães

Reflexos de um Uno dividido,

São Florbelas e Olgas e são Fridas,

Sempre belas e nossas e sofridas,

Sabem ser bruxas no melhor sentido.

Param pra dar à luz as nossas vidas,

Prosseguem, tanto espinhos quanto rosas,

Genitoras gentis e furiosas,

Ignoram por nós, suas feridas.

E protelam seu pranto num sorrir,

São carinhos e colos e Clarices,

Protetoras e mestras e Alices,

E segredam o parto sem partir.

Faróis que velam pelos nossos dias,

Confidentes fiéis da Natureza,

Têm um sem fim de espaço em sua mesa,

E um coração repleto de poesias.

São perenes oásis, doces ilhas,

Tornam as crias em reais vaidades,

Abstraem o peso das idades,

E o pesar de serem mães tão filhas.

Alívio para as almas doloridas,

E acalanto em nossas noites frias,

Tantas Graças e Paulas e Marias,

Que morrem pra dar luz às nossas vidas.

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