Nesta sexta-feira, 16 de Maio, às 19h30, será exibido o filme “A Copa”, com direção de Khyentse Norbu Rimpoche. No filme do Butão, produzido em 1999, Orgyen (Jamyang Lodro) é um jovem monge que tem uma grande paixão: o futebol. Em plena época da Copa do Mundo de 1998, ele faz de tudo para conseguir assistir às partidas das principais seleções do campeonato e, juntamente com seu amigo Lodo (Neten Chokling), tenta driblar a vigilância do mestre Geko (Orgyen Tobygal).
No sábado, 17 de maio, às 16h, o ciclo “O olhar feminino no cinema”, que tem curadoria do jornalista e crítico de cinema Ricardo Pereira, exibe o filme “A Memória que me contam”, da diretora Lucia Murat. O filme de 2012 retrata a ex-guerrilhera Ana (Simone Spoladore) que é o grande elo de um grupo de amigos que resistiu à ditadura militar no Brasil. Com a iminente morte da amiga, eles se reencontram na sala de espera de um hospital. Entre eles está Irene (Irene Ravache), uma diretora de cinema que sente-se perdida diante da iminente morte da amiga e que precisa ainda lidar com a inesperada prisão de Paolo (Franco Nero), seu marido, acusado de ter matado duas pessoas em um atentado terrorista ocorrido décadas atrás na Itália.
A diretora lembrada nesta exibição do ciclo é carioca nascida em 1948. Estudou economia e se envolveu com o movimento estudantil. Com a decretação do AI-5 em dezembro de 1968, entrou para o grupo MR-8. Presa em 1971, foi torturada e encarcerada por três anos e meio. Seu primeiro longa-metragem, o semi-documentário “Que bom te ver viva” (1988), estreou internacionalmente no Festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos, caso de “Doces Poderes” (1996), “Quase Dois Irmãos” (2003), “Uma Longa Viagem” (2011) e “A Memória que me contam” (2012).
Ainda no sábado, às 19h30, será exibido “Fora do Jogo”, de Jafar Panahi. Nesta produção iraniana de 2006, o premiado cineasta Jafar Panahi mostra o universo feminino dentro do futebol, ilustrado pela história de uma garota que tem o sonho de ver no estádio o jogo entre Irã e Barein, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Alemanha. A entrada de mulheres no estádio, porém, é terminantemente proibida no território iraniano. Por essa razão, a garota tenta, por meio de vários disfarces, passar pela polícia e realizar o impossível em seu país.
Todas as exibições são seguidas de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)