Uma homenagem à Esther de Figueiredo Ferraz, ministra da Educação durante a ditadura civil-militar brasileira, instaurada após o golpe de 1964, foi organizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A homenagem à ministra contou com a participação do Ministério Público Estadual, segundo informação da própria página do MPE. No evento, o subprocurador-Geral de Justiça, Relações Externas, Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior, representou o Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa.
Esther de Figueiredo Ferraz, conhecida na época pela linha dura na área de educação, foi a primeira mulher a possuir um cargo de ministra no Brasil, ocupando a pasta da Educação no governo do ditador João Batista de Figueiredo, de 1982 a 1985. Ela também foi membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, de 1963 a 1964, no governo de Ademar de Barros, apoiador do Golpe de 64, e do Conselho Federal de Educação, entre 1969 e 1982. Entre 1966 e 1967 também foi diretora do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura, durante o governo do presidente da República, do ditador Humberto de Alencar Castelo Branco.
“Trata-se de homenagem justa, legítima e merecida, pois a professora Esther de Figueiredo Ferraz foi a primeira em tudo e continua sendo a primeira em nosso coração”, ressaltou o Presidente do TJ-SP, Renato Nalini. O Desembargador Alexandre Moreira Germano, coordenador do Museu do TJ-SP afirmou que a advogada Esther de Figueiredo Ferraz “foi um exemplo para a mulher brasileira”.
O evento contou também com a presença da secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda, criticou a chegada de haitianos em São Paulo. Ela afirmou em nota divulgada na última quinta-feira (24) que o governo do Acre, Tião Viana (PT) foi “irresponsável e inconsequente” ao enviar sem planejamento para São Paulo haitianos que imigraram para o Brasil. Outro presente na ocasião foi Gabriel Chalita, ex-secretário de Educação do Governo Alckimin.
Veja matéria publicada no site do MPE
O Ministério Público de São Paulo participou na tarde de ontem, 28/04, da homenagem à advogada Esther de Figueiredo Ferraz, na sala do Tribunal do Júri, organizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O Subprocurador-Geral de Justiça, Relações Externas, Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior, representou o Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa.
“Trata-se de homenagem justa, legítima e merecida, pois a professora Esther de Figueiredo Ferraz foi a primeira em tudo e continua sendo a primeira em nosso coração”, ressaltou o Presidente do TJ-SP, Renato Nalini. O Desembargador Alexandre Moreira Germano, coordenador do Museu do TJ-SP afirmou que a advogada Esther de Figueiredo Ferraz “foi um exemplo para a mulher brasileira”.
O evento faz parte do programa “Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante”. A advogada e conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Seção São Paulo), Gilda Figueiredo Ferraz, sobrinha da homenageada, representou e agradeceu a honraria em nome da família. Ela lembrou que a tia nunca foi feminista. “Ao contrário, sempre contou com o incentivo dos colegas homens para arrombar as barreiras contra o até hoje odioso preconceito contra a mulher”, disse.
Participou da cerimônia o Corregedor-Geral do MP-SP em exercício, Paulo Sérgio Puerta dos Santos. A homenagem também contou com a presença de diversas autoridades, como a Secretária de Estado da Justiça, Eloisa Arruda, representando o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Juízes, Desembargadores e profissionais da área do Direito.
Esther de Figueiredo Ferraz foi a primeira mulher a integrar o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP, na década de 60. Também foi a primeira mulher a comandar uma reitoria na Universidade Presbiteriana Mackenzie e a primeira a ocupar um Ministério no país, assumindo a pasta da Educação e Cultura, em 1982.