Os transtornos são constantes para os moradores das regiões do Campo Grande e do Ouro Verde que utilizam a via que liga as duas regiões. Na Avenida Nelson Ferreira de Souza, no Jardim Florence, há um trajeto de mais de um quilometro sem asfalto e os usuários passam por ali com sofrimento em todas as estações do ano, faça chuva ou faça sol os motoristas contam os prejuízos na manutenção dos veículos.
A Prefeitura até tenta amenizar a situação, mas segundo moradores, em algumas situações o serviço feito mais atrapalhou do que ajudou. Após um dos trabalhos realizados pela Administração Regional 12, até um acidente ocorreu, foram jogados caminhões de terra, feita terraplanagem com as máquinas, “a poeira era tanta que a sensação para quem usou a estrada era de que estava no Rally dos Sertões”, diz um usuário que prefere não se identificar.
A via que é rota para o Aeroporto de Viracopos, também é a melhor opção para os moradores do Campo Grande acessarem a Rodovia dos Bandeirantes no sentido capital e fugirem do trânsito da Av. John Boyd Dunlop, que segundo estudos, há dois anos atrás tinha um tráfego de 45 mil veículos por dia, hoje esse número saltou para 65 mil e está aumentando com a chegada de empreendimentos residenciais como o Residencial Bassoli, Sírius, Valença 3, ampliação do Residencial Cosmos e outros.
Em algumas oportunidades o sofrimento dos usuários da via é com a paisagem, que por ser um local isolado, facilita o uso indevido como depósito de lixo. Caminhões, peruas e carros param na beira da via, que fica ao lado da linha do trem e jogam de tudo que se possa imaginar, desde roupas, restos de construção, móveis, embalagens de grandes mercadorias, e até restos de feira são jogados no local.
Segundo o usuário José Francisco, que passa pelo local desde antes da construção da ponte sobre o Rio Capivari, que ligou a Avenida Nelson Ferreira de Souza ao Ouro Verde, essa via seria asfaltada junto com a obra, ele diz que o valor estava escrito na placa, junto com a data da entrega, informando sobre a pavimentação de todo o trajeto. Os usuários reclamam que a situação está insustentável e precisa de solução urgente.
A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Campinas, mas não obteve resposta até o fechamento dessa edição. (Orlando Teixeira/ O Metropolitano)