Vereadores desconfiam que médicos recebem, mas não atendem a população

Um grupo de vereadores de Campinas decidiu implementar uma espécie de força-tarefa para fiscalizar a presença de médicos nos plantões dos postos de saúde e unidades de pronto atendimento da cidade.

Vereadores resolveram trabalhar no que interessa e verificar serviços de saúde

Eles desconfiam de que médicos estariam recebendo, mas não atendendo a população pelo Sistema Único de Saúde. Em recentes reportagens, o jornal do SBT mostrou uma quantidade grande de médicos que recebem, assinam o ponto, mas no horário de atendimento vão para suas clínicas particulares.

Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Gilberto Cardoso (PSDB), a ideia é confrontar a escala de trabalho, com a presença do profissionais nos locais para os quais foram designados. “Todos os dias, recebemos inúmeras reclamações da população de falta de médicos na rede, em especial, nos plantões de final de semana. O que pretendemos fazer é verificar se os que estão recebendo pelo plantão estão, efetivamente, trabalhando. O que vamos fazer é checar; fiscalizar. Tarefa, aliás, que faz parte de nossa função”, afirmou.

No final de semana, a vereador Neusa do São João (PSD) decidiu verificar o funcionamento do Pronto Atendimento do Campo Grande. “No sábado, verifiquei que não havia atendimento no balcão. O clínico geral não atendia e o posto só trabalhava com emergência. No domingo, o posto estava fechado”, contou a vereadora. “Só duas horas depois que reclamei, um médico apareceu, deslocado de um outro posto. Mais tarde, outros dois médicos apareceram”, afirmou.

O vereador Marcos Bernadelli (PSDB) diz que um levantamento está sendo feito, mas dados preliminares já deram indicação de que algo está errado. “De uma lista de oito médicos, percebemos que apenas um ou dois estão prestando serviço”, denuncia. “Estão enganando os diretores. Estão enganando o secretário”, diz ele. Segundo ele, só isso explica o fato de a cidade sofrer com tanta falta de profissionais. “Como é pode. A cidade tem 1.700 médicos e ainda assim, o cidadão não recebe atendimento. Alguma coisa deve estar muito errada”, acrescentou.

Em audiência na Câmara para tratar da prestação de contas do 3º Quadrimestre de 2013, o secretário de saúde, Cármino de Souza disse que vai ampliar o rigor sobre o controle de presença dos médicos e servidores da saúde. Ele anunciou que vai exigir de cada unidade de saúde, a escala diária dos plantões para que, posteriormente, possa fazer a checagem se o plantão foi cumprido. “Ausência de médico em plantão é falta grave. Não dá pra tolerar”, avisou. “Faltou, a gente vai proceder a devida penalização”, alertou. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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