Nascida em 1950, Chantal é filha de pais poloneses e judeus que fugiram da terra natal devido ao nazismo. Esse caráter de sentir-se estrangeira e deslocada ganha força com o passar dos anos e influencia diretamente o seu cinema. É quando assiste a uma sessão do clássico O Demônio das Onze Horas (Pierrot Le Fou, título original pelo qual é mais conhecido), de Jean-Luc Godard, que ela encontra um caminho para a sua vida e uma forma de expressar sentimentos represados. Chantal inicia seu contato cinematográfico na escola de cinema INSAS, localizada em Bruxelas, na Bélgica. Logo depois, ela ingressa na Universidade Internacional do Teatro, em Paris. Porém, é através de suas primeiras experimentações com curta-metragem que consegue aprender o ofício: o seu curta de estreia, Exploda Minha Cidade (Saute Ma Ville) já revela uma diretora com proposta autoral, mesmo com apenas 18 anos de idade, em um filme de liberdade extrema.
O filme que será exibido no sábado é de 1976, em preto e branco ele traz a história de uma jovem trancada em seu quarto, que representa o “Eu”. “Tu” é o roteiro. “Ele” é um caminhoneiro. “Ela” é a namorada. Chantal Akerman assume o papel de uma personagem que, por mais de um mês sozinha, comendo apenas açúcar, tenta lidar com uma terrível separação. Totalmente perdida ela tem um encontro com um caminhoneiro, e depois um reencontro com a sua ex-namorada.
A exibição é gratuita sempre seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Ciclo “O Olhar feminino no cinema”
Curadoria: Ricardo Pereira
Filme “Eu, Tu, Ele, Ela”, de Chantal Akerman
Local:
Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro