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Campinas teve 85 acidentes com picadas de escorpião em 2013

Nos meses de primavera e verão, que coincidem com a fase reprodutiva de animais peçonhentos, os escorpiões acabam desabrigados em consequência das inundações e com o volume de água nas redes de escoamento.

Saúde alerta sobre escorpião

Para a Secretaria Municipal de Saúde, é preciso reforça a atenção em casos de acidentes com escorpiões, pois esta época do ano é propícia à ocorrência de acidentes.

De acordo com o biólogo da Vigilância em Saúde Norte (Visa Norte), da Secretaria de Saúde de Campinas, Ovando Provatti, é importante que as pessoas mantenham seus quintais livres de entulhos e restos de materiais de construção, pois são nesses locais que os escorpiões procuram se abrigar. “Como os escorpiões são animais de hábito noturno, também é fundamental, principalmente à noite, que as pessoas fechem os ralos e frestas para evitar que os escorpiões entrem nas residências”, afirma o especialista.

Com a época de chuva, os escorpiões, que se alimentam de insetos como baratas, acabam se desalojando das galerias pluviais e bocas de lobo. Quando chove ou é jogado inseticida no local, o animal, que é um aracnídeo e não um inseto, não morre.

No município de Campinas, em 2012, foram notificados 113 acidentes de escorpiões, sendo que 105 foram considerados leves (dor aguda, mas nenhuma consequência respiratória ou circulatória). Não houve nenhuma morte. Em 2013, foram notificados 85 acidentes com picadas de escorpião. Deste número, 79 foram considerados leves e nenhuma morte foi registrada.

O veneno do escorpião atua principalmente no sistema nervoso – ação neurotóxica. A substância provoca dor intensa, abaixa a temperatura do corpo, acelera a pulsação e pode matar. Em casos graves, além da anestesia local, o paciente recebe soro antiescorpiônico, que é feito pelo próprio veneno do escorpião.

Orientações

O veneno das duas espécies (escorpião amarelo – Tityus serrulatus – e do escorpião marrom – Tityus bahiensis) que são encontradas no município é semelhante. A dose do amarelo, segundo Provatti, é um pouco maior, mas o grande problema é a idade e o porte de cada vítima. Se o acidente ocorrer com um adulto, até que o veneno se espalhe, é mais demorado do que em uma criança, por conta da massa muscular do indivíduo.

Em casos de dores agudas e reações como taquicardia, sudoreses e vômitos, é imprescindível buscar o serviço de saúde mais próximo, pois ele irá tratar a dor e a reação inicial. Em casos mais complicados, o próprio local de atendimento encaminha o acidentado para o Centro de Controle de Intoxicações (CCI) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Medidas preventivas

Aplicação de inseticida no animal não adianta, pois o escorpião é aracnídeo. Como o escorpião gosta de se abrigar em locais escuros e úmidos, o acúmulo de madeira, tronco de árvores, entulhos de construção no fundo do quintal ou dentro de casa favorecem a incidência de alguns tipos de insetos, como a barata e, consequentemente, atrai os aracnídeos.

É importante deixar algum espaço entre um objeto e outro para limpezas em residências e, principalmente, nos quintais. Evitar acúmulos de plantas como trepadeira, ou jardins que não são tratados com frequência. É recomendado colocar telas em janelas, barreira na soleira da porta, além de chacoalhar cortinas, roupas e calçados antes de serem usados.
Todas as indicações devem ser realizadas sempre, em qualquer local e, principalmente, em ambientes que já tiveram problemas com escorpiões. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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