‘Minhocas’ acompanha a trajetória de Júnior, um menino-minhoca de 11 anos que, durante uma crise pré-adolescente, é tirado da terra onde vive e precisa enfrentar uma gangue de vilões controlada por um tatu-bola que quer dominar o mundo. Inspirado num curta homônimo que ganhou 11 prêmios no Brasil, o filme estava programado para ser lançado em 2011, mas a produção atrasou devido a falta de verbas e ao anseio da equipe em acompanhar a evolução técnica do stop motion.
O stop motion é uma técnica na qual o efeito de movimento é obtido pela sequência de quadros fotografados individualmente. ‘A Fuga das Galinhas’ e ‘A Noiva Cadáver’ são dois exemplos internacionais de filmes que utilizam esse artifício. Acontece que o processo, além de trabalhoso, é caro. Esses dois longas-metragens estrangeiros tiveram orçamentos de cerca de 100 milhões de reais cada. ‘Minhocas’ teve de ser feito com um décimo desse valor, por isso os produtores deslocaram uma equipe de 70 pessoas de São Paulo para Florianópolis em busca de um centro de excelência onde o orçamento enxuto pudesse ser aliado à tecnologia, criando um filme capaz de concorrer com produções internacionais muito mais caras.
Com o apoio da Fundação Certi, uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos ligada à Universidade Federal de Santa Catarina, a equipe de artistas comandada por Paolo Conti e Arthur Nunes passou, antes de tudo, um ano produzindo bonecos, cenários e a infraestrutura por trás da animação. Para se ter uma ideia da complexidade dessa fase do trabalho, basta mencionar que foram modeladas 1400 bocas diferentes, uma para cada expressão facial de cada personagem retratada no filme. Depois ainda vieram dois anos e meio de filmagens e mais de três anos de pós-produção.
A dublagem de ‘Minhocas’ não deixa por menos. O filme conta com as vozes de Daniel Boaventura, Rita Lee e Anderson Silva. A performance desse elenco estrelado pode ser conferida nos cinemas de todo o Brasil a partir do dia 20 de dezembro. Para a criançada que clama por um presente diferente nesse Natal, o primeiro longa-metragem em stop motion do país é uma boa pedida. Também pudera! Depois de consumir sete anos de trabalho, desde a concepção do projeto até sua finalização, o filme já é mais velho do que grande parte da meninada que vai assistir a ele nos cinemas.
Felipe Sant’Ana Pereira para o Carta Campinas
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