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Solo de Inês Peixoto, ‘Órfãs de Dinheiro’ reflete sobre emancipação econômica feminina e sobre os desafios da travessia

Em São Paulo – Em cena, três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade convidam o público a refletir sobre a necessidade de emancipação econômica feminina e a importância do direito à escolaridade como requisitos básicos na luta contra a desigualdade de gênero. Essa é a premissa de “Órfãs de Dinheiro”, primeiro projeto autoral realizado de forma independente por Inês Peixoto, premiada atriz do Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG). O espetáculo cumpre temporada no Auditório do Sesc Pinheiros até o dia 10 de setembro, com sessões de quinta a sábado, às 21h. Os ingressos custam de R$9 a R$35 e podem ser adquiridos de forma on-line ou presencial na bilheteria do Sesc.

(Foto: Tiago Pereira)

O espetáculo, que conta com a direção do também galpônico Eduardo Moreira e trilha sonora original criada por Tiago Pereira (filho da atriz), surgiu do desejo de Inês de levar para o teatro assuntos atuais que a tocam. “A obra é uma reflexão sobre coisas que o mundo traz e que me atravessam enquanto mulher. Em cena, três mulheres em contextos distintos promovem o diálogo sobre como a dependência econômica ainda mantém mulheres reféns. É uma travessia que ainda acontece para todas nós”, destaca a atriz, que assina também a concepção, texto e figurino do espetáculo.

No espaço cênico, uma canoa serve de palco para que as personagens – uma mulher vendida para prostituição ainda criança; uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e de seu bebê; e uma empregada doméstica sonhadora – apresentem um pequeno recorte das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo.

O desenvolvimento da peça começou antes da pandemia, quando Inês teve contato com o livro “Modernismo localista das Américas”, de Paulo Moreira. Em uma das análises, três contos são reunidos no capítulo “Órfãs de dinheiro”, título que serviu de inspiração para a criação das histórias originais do espetáculo. 

“A pesquisa deste trabalho está diretamente relacionada com a vulnerabilidade da mulher decorrente da não emancipação feminina e da impossibilidade de auto sustentação. Em cena, a simbologia da canoa tem a ver, entre outras coisas, com a própria condição da mulher e com a ideia de que a nossa luta é um processo, um caminho a ser seguido ainda sem perspectiva de fim”, reforça a atriz.

Com quase 40 anos de carreira e desde 1992 integrando o elenco do Grupo Galpão de Belo Horizonte, a atriz Inês Peixoto carrega uma respeitável bagagem artística, com trabalhos no teatro, cinema e televisão, seja atuando ou dirigindo.  Já foi contemplada com 12 prêmios por sua atuação em teatro e outros três por seu trabalho no cinema.

Sinopse
“Órfãs de dinheiro”, monólogo escrito e encenado por Inês Peixoto, conta a história de três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de auto sustentação. No espaço cênico, apenas uma canoa – presente nas três narrativas – confere à encenação a simbologia de uma travessia que deve ser realizada.

Ficha Técnica

Concepção, texto, figurino, atuação – Inês Peixoto

Direção – Eduardo Moreira

Desenho de luz – Rodrigo Marçal

Projeto e construção da canoa – Taísa Campos 

Trilha original, fotos, vídeos e programação visual – Tiago Pereira

Design sonoro – Vinícius Alves

Preparação vocal e assessoria de direção de texto – Babaya

Professor de música – Marcelo Dias

Assessoria de imprensa – Canal Aberto

Produção – Beatriz Radicchi

Órfãs de Dinheiro, com Inês Peixoto 

De 18 de agosto a 10 de setembro, de quinta a sábado, às 21h
Duração: 50 minutos Classificação: 12 anos
Local: Auditório do Sesc Pinheiros (98 lugares) – Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros
Ingresso: R$30 (inteira) / R$15 (meia) / R$9 (credencial plena). Venda online prevista para dia 9 de agosto, às 12h. Venda presencial a partir do dia 10, às 17h. (https://www.sescsp.org.br/unidades/pinheiros/).

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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