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‘Luiz Zerbini: a mesma história nunca é a mesma’ reúne cerca de 50 obras que fazem emergir novas leituras, protagonistas e imagens da história

Em São Paulo – Pode ser vista até o dia 5 de junho no MASP – Museu de Arte de São Paulo, a exposição “Luiz Zerbini: a mesma história nunca é a mesma“.

“Primeira Missa”, Luiz Zerbini (Imagem: Divulgação)

Luiz Zerbini (São Paulo, 1959) é um dos principais nomes da arte contemporânea latino-americana e esta é sua primeira individual em um museu em São Paulo. A mostra reúne cerca de 50 trabalhos, em sua maioria inéditos, em que é possível ver características de sua diversa produção: o interesse na pintura, na monotipia, na instalação, na paisagem e na botânica, a paleta multicolorida e os diálogos entre abstração, geometria e figuração.

A exposição inclui cinco pinturas de grandes dimensões, quatro delas produzidas especialmente para a mostra, em que o artista revisita de maneira crítica a pintura histórica. Utilizada para representar eventos marcantes de uma nação, como guerras, batalhas, independências e abolições, a pintura histórica frequentemente os idealiza ou romantiza, a serviço de uma certa ideologia. 

Massacre de Haximu, de Luiz Zerbini (Imagem: Divulgação)

Em 2014, Zerbini recriou uma das imagens mais clássicas da pintura histórica brasileira, em sua icônica Primeira missa, formulando uma nova representação para essa cena ocorrida em 1500, que é um emblema da colonização portuguesa no Brasil. A partir dessa obra, o MASP comissionou novas pinturas para o artista, que realizou trabalhos sobre a Guerra de Canudos, ocorrida em 1896-97, o Massacre de Haximu, em 1993, o garimpo ilegal e os ciclos históricos de monocultura na agricultura no país.

A mostra inclui também 29 monotipias em papel da série Macunaíma (2017), concebidas para uma edição do livro do mesmo nome de Mário de Andrade (1893-1945), um marco da literatura modernista brasileira. As pinturas e as monotipias são instaladas em uma expografia que desdobra uma outra, elaborada em 1970 para uma mostra no MASP por Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta que concebeu o edifício do museu. Duas instalações ocupam as vitrines do Centro de Pesquisa e do restaurante no 2º subsolo, uma com raízes extraídas do jardim do ateliê do artista no Rio de Janeiro, e outra com um conjunto de objetos expostos sobre caixas de areia.

A mostra foi especialmente pensada no enquadramento de Histórias brasileiras, ciclo temático da programação do museu em 2021-22. Seu subtítulo, a mesma história nunca é a mesma, aponta para a repetição das histórias ao longo dos séculos, bem como para a necessidade de se criar outras narrativas para esses episódios, fazendo emergir novas leituras, protagonistas e imagens.

Canudos não se rendeu, Luiz Zerbini (Imagem: Divulgação)

A mostra tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP.

Mais informações e ingressos pelo SITE do MASP.

LUIZ ZERBINI: A MESMA HISTÓRIA NUNCA É A MESMA
1.04 — 5.06.22
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 — Bela Vista
01310-200 São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terça grátis Qualicorp, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às
18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Agendamento online obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 50 (entrada); R$ 25 (meia-entrada)

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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