Reportagem publicada esta semana mostra a atuação também de Michelle Bolsonaro fazendo tráfico de influência para empresa que atacou o lockdown, medida importante para evitar mortes durante a fase mais grave da pandemia de Covid-19. Michelle deveria ser convocada pela CPI das Fake News.

Do Viomundo

“Lockdown não salva, lockdown mata. Governador deixa a gente trabalhar”, disse a doceira Maria Amélia Campos em vídeo que postou nas redes sociais, em protesto contra Ibaneis Junior (MDB-DF).

Maria Amélia, que serve à primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi uma das beneficiadas com empréstimo de baixo custo da Caixa Econômica Federal.

Recebeu R$ 518 mil.

De acordo com denúncia da revista Crusoé, Michelle acionou o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, para conseguir empréstimos para amigos bolsonaristas.

O cabeleireiro Waldemar Caetano Filho, o florista Rodrigo Resende e a loja Derela Modas, que também é promovida pela esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro, Heloisa, aparecem na lista do balcão de negócios da primeira-dama.

Um e-mail publicado pela revista comprova o tráfico de influência com dinheiro público.

A primeira-dama jamais explicou o motivo de ter recebido em sua conta bancária R$ 89 mil em depósitos feitos pelo coordenador da rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabricio Queiroz, e da esposa dele, Márcia.

Fabricio depositou 21 cheques na conta de Michelle e Márcia, cinco cheques de R$ 3 mil e um de R$ 2 mil, totalizando 27 depósitos.

Ao tentar explicar os depósitos, o presidente Jair Bolsonaro disse que se tratava de um empréstimo que ele recebeu de Fabrício na conta da esposa.

“A questão da minha esposa. Não é apenas esta vez. O Coaf fala que foram R$ 24 mil. Na verdade foram R$ 40 mil. Foi uma dívida que foi se acumulando dele até que eu cobrei dele e a maneira de cobrar foi o quê? Me dá um cheque”, disse Bolsonaro.

No entanto, como se sabe agora, foram 21 cheques e o valor total é de R$ 89 mil. (Do Viomundo)