Em São Paulo – A Fundação Bienal de São Paulo abriu no último dia 4 de setembro, às 10h, a 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. Estendida por um ano, em decorrência da pandemia de Covid-19, a mostra abre agora readequada ao momento pandêmico, com rígidos protocolos definidos em conjunto com o Hospital 9 de Julho e área de alimentação instalada do lado de fora do Pavilhão, em espaço aberto. A curadoria é de Jacopo Crivelli Visconti (curador geral), Paulo Miyada (curador-adjunto), e Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez (curadores convidados). A visitação se estende até 5 de dezembro. A entrada é gratuita.

Instalação de Jaider Esbell, artista indígena da etnia Macuxi, na lagoa do Parque Ibirapuera
“Em posição de ataque, as cobras “estão prontas para dar um bote em Pedro Álvares Cabral”, diz o artista Jaider Esbell, referindo-se à escultura de Cabral localizada na outra margem do lago”.
(Foto: Instagram Bienal de São Paulo)

A edição, iniciada em fevereiro de 2020, vem se desdobrando no espaço e no tempo com programação tanto física quanto on-line, e culmina na mostra coletiva agora inaugurada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, simultaneamente à realização de dezenas de exposições individuais em instituições parceiras na cidade de São Paulo. A lista completa de instituições parceiras e seus calendários expositivos pode ser encontrada aqui.

Desde o dia 4 de setembro, mais de 1.100 obras estão expostas no Pavilhão no Parque Ibirapuera. Entre os artistas desta edição, há representantes de todos os continentes. A distribuição entre mulheres e homens é equilibrada, e cerca de 4% dos artistas identificam-se como não-binários. Esta será, ainda, a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições com dados disponíveis, com 9 participantes de povos originários de diferentes partes do globo (aproximadamente 10% do total). A lista completa de artistas participantes está disponível aqui.

Olivia Plender, Hold Hold Fire, 2019 Cortesia da artista
Vista de obras da exposição “Vento”, parte da 34ª Bienal de São Paulo, novembro de 2020

“Desde que o anteprojeto da 34ª Bienal foi escrito, há quase três anos, o tempo dilatado que havíamos imaginado para a Bienal se tornou muito mais do que uma ferramenta curatorial: se tornou parte da vida de cada um. E esse tempo dilatado ecoava, para nós, o desejo de apresentar as obras e os artistas, mas também o processo de construção da própria exposição. Por isso o esforço, constante e constantemente reformulado, de pensar e repensar a exposição publicamente, de não deixar de falar do que havíamos planejado, do que seguiu conforme o plano e do que se transformou, do que se tornou outra coisa. Para que possa ficar ainda mais claro que ela não é separada do mundo, mas é parte dele”, reflete Jacopo Crivelli Visconti, curador geral desta Bienal.

José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, complementa: “Como uma das referências conceituais da 34ª Bienal, a curadoria trouxe a ideia de ‘relação’, que, grosso modo, alude a como podemos nos relacionar com o outro sem compreendê-lo completamente. Na verdade, a riqueza reside justamente na diferença e na
diversidade. A maneira como mais de 20 instituições culturais de São Paulo se alinharam para a realização desta edição da Bienal, encontrando um modo de criarem uma programação que é coesa mas não homogênea, ou seja, que mantém a identidade de cada uma e, ainda assim, compartilha elementos em comuns, gera uma imagem simbólica muito importante para nós”.

Ximena Garrido-Lecca, exposição individual (Foto: © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo)
Vista de obras da exposição “Vento”, parte da 34ª Bienal de São Paulo, novembro de 2020

Obras para além do Pavilhão

Com a intenção de ampliar os diálogos estabelecidos entre as obras e seus contextos e os possíveis pontos de contato com o público, a 34ª Bienal apresenta intervenções temporárias fora do Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, dos artistas Clara Ianni, Eleonora Fabião, Grace Passô, Jaider Esbell, Paulo Nazareth e Oscar Tuazon. “Assim como o que se vê dentro do Pavilhão reverbera exposições que se relacionam com diferentes contextos urbanos, diversas obras da mostra convivem com o cotidiano do parque, ora integrando-se à sua paisagem, ora refletindo o seu papel como espaço icônico e simbólico”, explica Paulo Miyada, curador adjunto desta edição.

As esculturas da série Growth Rings, do estadunidense Oscar Tuazon (1975, Seattle, Washington, EUA), foram as primeiras das obras externas a ser instaladas, no início de agosto, ainda durante o período de montagem da exposição principal. Quatro anéis de madeira foram distribuídos em diferentes pontos do parque: um deles perto da rampa lateral do prédio da Bienal, onde permanecerá até 5 de dezembro, e os demais próximos ao lago e ao lado do Museu Afro Brasil, uma das instituições parceiras desta edição da Bienal. O diâmetro de cada um dos anéis, entre 4 e 5 metros, foi definido pelo artista a partir da distância entre árvores do parque Ibirapuera que ele escolheu para sustentar as esculturas. No dia 30 de agosto, as três esculturas que estiveram perto do lago foram movidas para dentro do Pavilhão Ciccilo Matarazzo, onde ficarão expostas até o encerramento da edição.

A obra Outdoors, composta por uma série de nove esculturas de grandes proporções do artista mineiro Paulo Nazareth (muitas datas, Watu Nak, Vale do Rio Doce, MG), leva ao parque a representação, em grandes dimensões, de personagens históricos que se tornaram exemplos de resistência e luta contra opressões diversas que marcam este país: Aqualtune, Dinalva, João Cândido, José Campos Barreto e Carlos Lamarca, Juruna, Maria Beatriz Nascimento, Marighella, Marielle Franco e Teresa de Benguela. As esculturas foram produzidas em madeira revestida com chapas de alumínio, e são fixadas a estruturas metálicas sobre bases de concreto. As peças estão posicionadas em pontos diferentes do Parque Ibirapuera, próximas às vias de circulação, com medidas variadas, podendo chegar a onze metros de altura.

O artista, escritor e produtor cultural indígena da etnia Macuxi Jaider Esbell (1979, Normandia, RR) apresenta, perto das fontes do lago, uma instalação de grandes dimensões composta por dois objetos infláveis em formato de serpente, estampados em cores vibrantes e com iluminação interna, medindo aproximadamente 10 metros cada. No xamanismo indígena, a cobra é considerada um “animal de poder” e está presente como força de cura, regeneração e transformação.

Em posição de ataque, as cobras “estão prontas para dar um bote em Pedro Álvares Cabral”, diz o artista Jaider Esbell, referindo-se à escultura de Cabral localizada na outra margem do lago. Chamada “Entidades”, a obra representa o ser fantástico Îkîimî, que atravessa vários mundos e que não tem começo e nem fim. “Convido as culturas originárias que já perderam sua língua ou tiveram sua conexão perturbada pela colonização a redescobrir o seu próprio idioma. O Brasil não foi descoberto, ele foi invadido e continua sendo saqueado. Nós, povos indígenas, nos defendemos de todas as formas, e agora chegamos no campo da arte com argumentos elaborados para tratar destas questões”.

Pertencente ao povo Macuxi, Jaider Esbell nasceu na área demarcada como Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e é um dos grandes nome da arte indígena contemporânea.

A intervenção Derrubada, de Clara Ianni (1987, São Paulo, SP), consiste em uma instalação criada a partir dos mastros da Praça das Bandeiras, adjacente ao Pavilhão Ciccillo Matarazzo, onde eram hasteadas as bandeiras dos países participantes da mostra na época em que a Bienal era composta por representações nacionais (modelo extinto desde a 27ª edição, em 2006). Para a mostra, a artista propôs a criação de uma situação temporária e altamente simbólica, através da derrubada dos mastros e do rearranjo desses objetos deitados no chão, em posição perpendicular ao Pavilhão da Bienal. A restauração e reinstalação dos mastros, ao final da mostra, encerrará o movimento proposto para o trabalho.

Já o projeto de Eleonora Fabião (1968, Rio de Janeiro, RJ), intitulado nós aqui, entre o céu e a terra, parte de uma colaboração com 26 instituições públicas da cidade, localizadas em um raio de 5 km de distância do Ibirapuera. Entre os dias 8 e 16 de setembro, será realizada uma performance na qual cadeiras dessas instituições (dos setores de saúde, educação e cultura) serão levadas pelas ruas da cidade, suspensas por varas de bambu, até o Pavilhão da Bienal, onde permanecerão expostas até o encerramento da mostra. Os bambus utilizados na performance permanecerão enterrados durante os meses de duração da Bienal no Parque, em pontos determinados por uma intervenção gráfica realizada pela artista sobre uma fotografia aérea do Ibirapuera. Ao final da mostra, as cadeiras serão devolvidas, mas
trocadas: nenhuma instituição vai receber sua cadeira original.

Por fim, Grace Passô (1980, Belo Horizonte, MG), estreante na Bienal de São Paulo, propõe a instalação de uma rádio de poste nas imediações do Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Prática difundida em pequenas cidades, sobretudo do Nordeste do país, as rádios de poste são mecanismos alternativos para a circulação de informações de interesse público. A programação da rádio será concebida pela artista e poderá ser escutada tanto dentro quanto fora da mostra.

Enunciados
Um dos elementos centrais na concepção curatorial da 34ª Bienal de São Paulo é o fato dela ser pontuada por 14 enunciados: elementos que não são obras de arte, mas possuem histórias marcantes, capazes de sugerir leituras às obras dispostas ao seu redor. A curadoria recorre a esses itens como forma de buscar uma linguagem capaz de delinear os campos de força criados pelo encontro de obras produzidas em lugares e momentos distintos sem, no entanto, limitar as leituras a temas ou conceitos específicos. Dentre os enunciados, encontram-se objetos materiais e simbólicos bastante diversos.

O primeiro enunciado a ser encontrado pelo visitante, no térreo, é composto por três objetos pertencentes ao acervo do Museu Nacional que sobreviveram de diferentes formas ao incêndio: o meteorito Santa Luzia, que, temperado por sua viagem pelo espaço sideral e pela entrada na atmosfera terrestre, permaneceu incólume; uma ametista (um tipo de quartzo roxo) que, ao passar muito tempo exposta a altíssima temperatura, adquiriu a coloração do citrino (um quartzo amarelo); e uma ritxòkò, boneca que foi doada ao Museu Nacional após o incêndio por Kaimote Kamayurá, da aldeia Karajá de Hawaló, na Ilha do Bananal (TO), para substituir uma que havia sido destruída pelas chamas e ajudar na reconstituição da coleção. Reunidos, esses 3 objetos nos mostram como resistir pode tomar diversas formas.

Outro enunciado é composto por uma série de 120 retratos de Frederick Douglass (EUA, 1818 – 1895). Filho de uma mulher negra escravizada e de um homem, provavelmente branco, que não conheceu, é considerado o estadunidense mais fotografado do século 19. Douglass foi um homem público, jornalista, escritor e orador, entre os principais expoentes da luta pela abolição da escravidão. Consciente da importância da circulação de uma imagem positiva e não estereotipada de pessoas negras, esforçou-se para que seus retratos entrassem no fluxo de circulação dos jornais, assim como em espaços privados de todo o país, e até hoje eles circulam pelo mundo como símbolo de justiça e resistência.

Dois outros enunciados já puderam ser vistos pelo público que visitou a exposição Vento, realizada em novembro de 2020: O Sino de Ouro Preto e os Cantos tikmũ’ũn. Os outros 10 enunciados a integrar a exposição são: A ronda da morte, de Hélio Oiticica; Cadernos de Carolina Maria de Jesus; Dois bordados de João Cândido; Cartas de Joel Rufino para seu filho; Corte/Relação em Antonin Artaud e Édouard Glissant; A imagem gravada de Coatlicue; Círculos (a partir) de Paulo Freire; Hiroshima mon amour de Alain Resnais; A dedicatória de Constantin Brancusi; e Cerâmica Paulista.

Saiba mais sobre todos os enunciados aqui.

Programação pública
Para dialogar com as obras que integram a 34ª Bienal, foi concebida uma programação pública que inclui apresentações musicais, performances, encontros com artistas e conversas. Uma das principais frentes da programação pública é a ativação da obra deposição, de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter: uma antiga roda de negociações da bolsa de valores de Chicago foi reconstruída no vão central do pavilhão e é ressignificada pelos artistas e pelos seus usos na Bienal. A obra poderá ser livremente ocupada pelo público e conta com uma programação de ativação com 3 eixos: conversações propostas pelas artistas Vânia Medeiros e Beatriz Cruz; apresentações de música experimental coproduzidas pela Bienal e pelo Teatro Cultura Artística, com curadoria do Festival Novas Frequências; e conversas abertas da série “As Vozes dos Artistas”. Essas atividades acontecem em todas as quintas-feiras, às 19h, e aos sábados, às 16h, além de outros horários constantemente atualizados na programação completa disponível em 34.bienal.org.br/agenda.

Além disso, as participações de Eleonora Fabião, Mette Edvardsen, Nina Beier, Paulo Nazareth, Roger Bernat e Trajal Harrell envolvem a realização de performances e ativações ao longo de todo o período expositivo. O público poderá acompanhar a programação em 34.bienal.org.br/agenda.

Paulo Nazareth, performance (Foto: © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo)
Vista de obras da exposição “Vento”, parte da 34ª Bienal de São Paulo, novembro de 2020

Por fim, a 34ª Bienal propõe ainda a realização de Círculos de Arte: Inspirados nos princípios de autonomia, horizontalidade e dialogicidade propostos por Paulo Freire, os Círculos de Arte são momentos de conversa com o público que têm por objetivo a construção compartilhada de sentidos sobre as obras expostas e as possíveis relações
entre elas. Serão realizados treze círculos de arte, um por semana, sobre os enunciados que organizam a exposição. Os encontros acontecem às quintas e sábados, às 16h, com até 10 participantes.

Publicações
O catálogo da 34ª Bienal tem 432 páginas e inclui textos e imagens sobre as obras dos 91 artistas participantes desta edição e sobre os enunciados que pontuam a exposição, além de contribuições exclusivas dos artistas e ensaios escritos por autores convidados e pelos curadores. O guia da 34ª Bienal reúne, em 120 páginas, textos e imagens sobre obras dos artistas participantes e sobre os enunciados. Ambas trazem, ainda, informações sobre as mostras da rede de instituições parceiras da 34ª Bienal e podem ser adquiridas na Livraria da Travessa e na Loja da Bienal, no térreo. Por fim, o fôlder-mapa é distribuído gratuitamente no balcão de informações, no térreo, e contém o mapa da exposição e informações ao visitante.

Audioguia inclusivo da 34ª Bienal
Com vozes de Marília Gabriela, Adriana Couto, Sara Bentes e André Trigueiro, o audioguia inclusivo da 34ª Bienal passa por 20 obras de arte e objetos que compõem a mostra. Ao seguir o percurso proposto, o visitante é guiado por todos os andares do pavilhão. Cada uma das faixas apresenta histórias relacionadas às obras, comenta processos dos artistas e descreve as peças. Como é um audioguia inclusivo, ele também está disponível em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Os conteúdos podem ser acessados pelo site 34.bienal.org.br/audioguia ou pelos QR Codes disponibilizados nas legendas das obras selecionadas. O projeto é uma correalização da Fundação Bienal de São Paulo com o Goethe-Institut.

Visitas mediadas
Em uma visita mediada, um profissional da Bienal constrói, junto com visitantes, uma conversa a partir de obras da exposição, em uma relação de troca de conhecimentos e percepções. As visitas mediadas ocorrem de diversas formas: por meio de agendamento para grupos, de forma espontânea nos horários disponíveis ou ainda por iniciativa dos
próprios visitantes, que podem dirigir-se aos mediadores nos espaços de mediação. Saiba mais sobre o programa de mediação aqui.

Acessibilidade e inclusão
Além das visitas mediadas inclusivas e do audioguia inclusivo 34ª Bienal, há outras iniciativas de inclusão, todas planejadas com o apoio da consultoria especializada em acessibilidade Mais Diferenças. Saiba mais sobre as medidas de acessibilidade adotadas pela Fundação Bienal aqui.

Os 70 anos da Bienal de São Paulo
O ano de 2021 é, ainda, uma data importante para a história das Bienais de São Paulo por marcar o aniversário de 70 anos da 1ª Bienal (1951). “Ao longo dos últimos 70 anos, as Bienais de São Paulo adaptaram-se aos tempos, e foram justamente sua capacidade de mudança e sua abertura ao novo que asseguraram que a mostra mantivesse sua relevância artística e cultural. A 34ª Bienal de São Paulo, de alguma forma, simboliza isso: em tempos desafiadores, encontramos maneiras de nos mantermos fiéis à proposta desta edição sem, no entanto, ficarmos presos em ideias e projetos que haviam perdido sua pertinência no novo contexto global. No último ano, intensificamos nossa programação digital e descobrimos novas maneiras de nos conectar com o público, às quais pretendemos dar continuidade nas próximas edições. Lançado em maio, o catálogo digital da 34ª Bienal tenteio é, sem dúvida, uma das iniciativas que não estavam previstas no projeto inicial, mas não apenas estão de pleno acordo com ele como também são capazes de expandir seu alcance”, afirma José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São
Paulo. Para comemorar a ocasião, a Fundação Bienal lançou uma série de produtos comemorativos, que podem ser encontrados aqui: o podcast Bienal, 70 anos, uma coprodução da Fundação Bienal de São Paulo e do UOL; o curta-metragem Arquivo Histórico Wanda Svevo: o passado em perpétua construção; e a reedição da Linha do tempo da Bienal de São Paulo. As comemorações dos 70 anos de Bienais de São Paulo se estenderão até 2022, quando está previsto o lançamento de mais duas iniciativas: um livro de ensaios inéditos, comissionados para uma publicação com organização de Paulo Miyada, e um longa-metragem documental sobre a história da mostra dirigido por Carlos Nader.

Claude Cahun, Self portrait (in cupboard) (Foto: Cortesia Jersey Heritage)
Vista de obras da exposição “Vento”, parte da 34ª Bienal de São Paulo, novembro de 2020

34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
de 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021
ter, qua, sex, dom e feriados: 10h – 19h (entrada até 18h30)
qui, sáb: 10h – 21h (entrada até 20h30)
fechado às segundas
entrada gratuita
acesso mediante apresentação de comprovante de vacinação contra Covid-19, impresso ou on-line
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
34.bienal.org.br

(Carta Campinas com informações de divulgação)