.Por Marcelo Mattos.

A ridicularização do desgoverno Bolsonaro completa 1000 dias de trevas, resumidos em vagabundagem explícita, indolência, ausência de um plano de governo, cercado pela indigência intelectual e incompetência de espertalhões, pela corrupção de uma matilha de negacionistas evangélicos e uma súcia de militares ineptos, medíocres e aproveitadores de vantagens e privilégios.

(imagem inesc – reprod – art cor)
  • Responsável por quase 600 mil mortes (600 mortes diárias em 1000 dias) causadas pela omissão, o descaso no combate à Covid-19 e por uma política genocida premeditada pelo contágio em massa, contrário às medidas preventivas e vacinação da população.
  • Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, são 555.941 focos de queimadas da vegetação natural do país (quase 556 focos diários em 1000 dias).
    Segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon), foram desmatados 1.606 km² de floresta somente no mês de agosto/2021 é 7% maior do que o registro em agosto/2020, o que equivale a cinco vezes o tamanho de Belo Horizonte.
  • Os 1000 dias de infâmia governamental de Bolsonaro tem recordes de destruição do meio ambiente: segundo o Instituto Nacional da Amazônia (IPAN), 71% das queimadas em imóveis rurais, somente neste ano na Amazônia, ocorreram em manejo agropecuário. O desmatamento por mineração na Amazônia bateu recorde em 2021, com uma área devastada em agosto superior a todo o ano de 2020, com a área sob alerta de desmate no primeiro semestre, a maior em 6 anos, muito parecido com a negligência no combate a pandemia de Covid-19 que contabiliza quase 600 mil mortes . Amazônia tem 1º semestre de 2021 com maior área sob alerta de desmate em 6 anos. Foram 3.325,41 km², segundo sistema de monitoramento do Inpe, até o final de junho.
  • Os 1000 dias da infâmia governamental de Bolsonaro tem recordes de destruição do meio ambiente, 71% das queimadas em imóveis rurais neste ano na Amazônia ocorreram para manejo agropecuário, diz IPAM. Desmatamento por mineração na Amazônia bate recorde em 2021; área devastada até agosto já supera todo o ano de 2020
  • Segundo relatório “Conflitos no Campo do Brasil/2020”, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de grupos indígenas afetados por invasões quadriplicou nestes 1000 dias de governo de destruição nacional.
  • Os registros da CPT dimensionam a gravidade do ataque contra os territórios originários, especialmente a partir de 2019. Nota-se que algumas modalidades de violência, como “invasão” e “grilagem”, sofreram exponencial crescimento. Somente nos anos 2019/2020 o número total de famílias vítimas de invasões de terras passou de 121.267. Com relação à grilagem é igualmente superlativa, atingindo 34.526 famílias, destas 8.633 são famílias indígenas.
  • A Anistia Internacional relacionou 32 graves violações aos direitos humanos cometidos pelo então presidente da República desde a sua posse, no documento “1000 dias sem direitos – as violações do governo Bolsonaro” (https://anistia.org.br). Dentre as situações catalogadas está a desastrosa gestão da pandemia, os ataques à liberdade de expressão e à imprensa, discursos anti-direitos humanos na ONU, violação de direitos de povos indígenas e outras comunidades tradicionais e violações de direitos humanos na Amazônia, política de segurança pública (aumento do acesso a armamentos), ameaças ao Estado de Direito.
  • Bolsonaro é o presidente mais perdulário, desperdiçador e desocupado na nossa história política, batendo todos os recordes de valores gastos com o cartão corporativo. Em 1000 dias de ociosidade, viagens e esbórnia, os cofres públicos já gastaram R$ 41,7 milhões para custear as despesas palacianas (são R$ 41.700 mil gastos diariamente com cartão corporativo em 1000 dias).
  • 1000 dias de um governo de aniquilamento do patrimônio público, com números assombrosos de mortes e miséria de brasileiros. Chegamos a 14,7 milhões de pessoas na extrema pobreza, regredimos 15 anos em 1000 dias, com a fome se alastrando pelo país. A última pesquisa que compõe o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, da Rede Brasileira de Pesquisa e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Pessan – https://pesquisassan.net.br/), mostra que quase 116,8 milhões de brasileiros não se alimentam com qualidade e quantidade suficientes. Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) têm alimentação insuficiente, com insegurança alimentar moderada ou grave e 19,1 milhões de famintos (9% da população), passando fome no país, com insegurança alimentar muito grave.

Em 2020, o índice de insegurança alimentar esteve acima dos 60% no Norte e dos 70% no Nordeste, enquanto o percentual nacional é de 55,2%. Já a fome, que afetou 9,0% da população brasileira como um todo, esteve presente em 18,1% dos lares do Norte e em 13,8% do Nordeste.

Além disso, são 1000 dias de desgoverno com 14,4 milhões de brasileiros desempregados, 19,1 milhões de famintos e quase 600 mil mortos por Covid-19, com uma cesta básica que subiu 34% nos últimos 12 meses, o aumento da gasolina e derivados como o gás de cozinha e uma política energética desastrosa com o risco de apagões até dezembro.

Estes 1000 dias representam um legado desastroso de um desgoverno, um milicianato com endosso militar bolsonarista, tornando o Brasil mais pobre, faminto e degradado, como nos desesperadores tempos de ditadura militar. Mil dias de escárnio, de pilhagem e destruição de bens públicos e direitos trabalhistas e previdenciários (com a participação de banqueiros, elites empresariais e grandes meios de comunicação).

Toda a dor, fome, o sangue derramado, as mortes deverão ser responsabilizadas e exigidas de cada um dos responsáveis por estes crimes, nestes piores dias e anos de nossas vidas.