O vereador Gustavo Petta (PCdoB) protocolou pedido ao prefeito para que Campinas, Dário Saadi, adote medidas a fim de coibir a escolha de vacinas por parte dos cadastrados no sistema de imunização da prefeitura. O vereador pede que aqueles que, por ventura, não aceitarem a vacina disponível no dia do agendamento sejam colocados no fim da fila, após a vacinação de todos os grupos previstos no PNI.

(foto fernanda sunega – pmc – div – dp)

Influenciados por fake news sobre vacinas, em todo o país surgiram os chamados “sommelier de vacina”, quando o cidadão decide não tomar vacina contra a covid-19 porque ela não é de uma marca considerada que seria “confiável”, ou a “melhor’. “Com a aprovação da Anvisa, todas as fabricantes de imunizantes são aptas e confiáveis para a aplicação da vacina, portanto, não há motivo para que haja essa escolha que acaba prejudicando todo o plano de imunização do município”, disse Petta no documento protocolado nessa terça-feira (06).

Dez cidades do estado já tomaram algum tipo de medida para evitar casos como esses. Em Jales, Urupês, São José do Rio Preto, Rio Grande da Serra e Caieiras, quem escolher qual vacina tomar deve assinar um termo de recusa do imunizante disponibilizado no dia. Em Embu das Artes, há um bloqueio do sistema para aqueles que tomam tal medida. Já quem se recusa a vacinar por causa da fabricante da vacina em Osasco poderá se vacinar apenas na “repescagem”. Já as cidades de Guararema, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo adotaram a medida de colocar no fim da fila aqueles que se recusam a tomar vacina por motivos da “marca”.
Em São Bernardo do Campo, no primeiro dia de adoção do método, o número de recusas caiu 90,99%. Das 222 recusas no dia 30 de junho, apenas 22 foram registradas no dia primeiro de julho. “Esse tipo de postura atrapalha e atrasa a dinâmica do plano de imunização no município. Não podemos aceitar e uma medida como essa irá inibir esse tipo de postura”, concluiu o vereador.