Uma série de links de reportagens e informações, coletadas pelo perfil do twitter Detetive Pikachu, mostra a relação entre a milicianos cariocas envolvidos não só no assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, como também estão presentes no desastre provocado pelo Ministério da Saúde no combate à Covid-19, que provocou a morte de 540 mil brasileiros.

Veja algumas das ligações com links, publicados pelo perfil:

(foto reprodução twitter – marielle franco)

Recentemente, a Veja publicou matéria em que revela que a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, parceiro notório da família Bolsonaro, desejava fazer uma delação premiada para revelar o mandante do assassinato da vereadora e seu motorista. (link) A matéria não crava um nome, alega que só o ministério público tem oficialmente este nome, mas joga algumas informações no ar: diz que a ordem teria vindo da milícia da Gardênia Azul, comandada pelo ex-vereador Cristiano Girão.

Paralelo a isso, o MPRJ, especificamente a Força-Tarefa do caso Marielle e Anderson, concluíram investigações que conectam Ronnie Lessa, o assassino de Marielle, à Girão. (Link) Girão teria contratado Lessa para executar ou outro desafeto em 2014: o ex-policial André Henrique da Silva Souza, o André Zóio, e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira. Acontece que Girão é representado por um advogado criminalista chamado Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo. Zoser parece ser um prolífico defensor de milicianos cariocas, tendo atuado em favor de vários milicianos.

“Esse currículo peculiar lhe rendeu as credenciais perfeita para um cargo no governo, e em maio de 2020 ele foi nomeado como assessor especial do Ministério da Saúde pelo General Pazuello”, anota ironicamente o Detetive Pikachu. (link). Zoser foi indicado para um cargo DAS-102.5 em 20/05/2020. Além do salário de mais de 13 mil reais, no primeiro mês de trabalho recebeu ajuda de custo de mais de 40 mil. Ao todo, fora salário, Zoser recebeu mais de 85 mil reais do governo federal, até ser exonerado em Março.

Depois que saiu do ministério (praticamente junto com Pazuello), Zoser reaparece na mídia. Dessa vez, documentos da CPI indicam que ele atuou diretamente nas negociações com a Pfizer. (aquelas que não deram em nada, lembra?) (link) Aliás, o primeiro serviço de Zoser depois de deixar o ministério foi exatamente o de fazer a defesa do General Pazuello na própria CPI. Recapitulando, a defesa do General Pazuello é feita por um especialista em defender miliciano, ex-funcionário do MS. (link)

Em 10 de Junho, a CPI resolve aprovar um pedido de quebra de sigilo de Zoser. Que obviamente recorreu com ao STF, sendo prontamente deferida a medida liminar pelo Ministro Dias Toffoli do STF uma semana depois.

E o perfil continua mostrando que Zoser estaria defendendo Pazuello de graça e não se sabe quem indicou Zoser para o Ministério da Saúde. Veja as ligações entre milicianos e o assassinato de Marielle Franco no próprio perfil: