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Mensagem de celular apreendido pela CPI indica participação de Bolsonaro no esquema da Covaxin

Reportagem de Wilson Lima, do site Antagonista, aponta que 12 dias antes do encontro com os irmãos Miranda, Bolsonaro estaria participando ativamente da compra superfaturada da vacina Covaxin. O encontro com o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão aconteceu no dia 20 de março. Mas no dia 8 de março, uma mensagem do militar Luiz Paulo Dominguetti sugere que o próprio Jair Bolsonaro participou das negociações para a compra das vacinas da Astrazeneca contra a Covid.

(foto valter campanato – ag brasil)

Em 8 de março, Dominguetti, que se dizia representante da empresa Davati, conversou com um contato identificado em seu celular como ‘Rafael Compra Deskartpak’”, aponta a reportagem. “As citações ao presidente da República se dão a partir das 10h05 daquele dia, quando Dominguetti reencaminhou para o interlocutor quatro mensagens que diziam no todo o seguinte: ‘Manda o SGS. Urgente. O Bolsonaro está pedindo. Agora’”, relata o repórter. “SGS” é um certificado que garante que o produto — no caso, as supostas vacinas — passou por todas as etapas dos processos exigidos por órgãos reguladores. A reportagem teria tido acesso às informações em poder da CPI da Covid.

“Integrantes da CPI suspeitam que o autor dessas mensagens enviadas a Dominguetti e reencaminhadas a ‘Rafael Compra Deskartpak’ seja o reverendo Amilton Gomes de Paula, que entrou na mira da comissão parlamentar de inquérito por ser apontado como o intermediário entre Dominguetti e o Palácio do Planalto”, prossegue o jornalista.

Bolsonaro até hoje não desmentiu o depoimento do deputado Luis Miranda na CPI. Pelo contrário, Bolsonaro confessou que prevaricou e disse que recebe muitas informações. E não denunciou uma compra gigantesca superfaturada de vacina que atrasou a compra e levou a morte de milhares de brasileiros. “Diga a verdade presidente e que de fato estivemos com o senhor dia 20/03 e denunciamos uma irregularidade na aquisição da Covaxin e que o senhor deu o devido tratamento ao caso, conforme informou que o diretor-geral da Polícia Federal receberia os documentos ainda no dia 20 de março”, disse Luis Mirnada. Bolsonaro não respondeu se esquivar. (Com informações do 247)

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