O delegado Alexandre Saraiva, que foi afastado por Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, após denunciar mega crimes ambientais, fez postagem em que afirma que o Ministério do Meio Ambiente está impedindo a apuração dos crimes ambientais.

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No twitter afirmou: DESDE MARÇO o MMA [Ministério do Meio Ambiente] não permite o acesso da PF (Polícia Federal) ao SISDOF/SINAFLOR. Estes são sistemas fundamentais para que seja verificada a procedência da madeira retirada da Amazônia. É o mesmo que a polícia ficar sem acesso ao sistema dos DETRAN’s para verificar se um veículo é roubado”.

Em abril, Alexandre Saraiva, então superintendente da Polícia Federal no Amazonas, enviou ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o senador Telmário Mota (Pros-RR). No dia seguinte, Saraiva foi afastado do cargo por Bolsonaro.

O governo Bolsonaro tem se caracterizado por impedir investigações, colocar sigilos em ações nebulosas do governo, o que tem beneficiado a corrupção e protegendo aliados. No início deste ano, os irmãos Miranda disseram que Bolsonaro ficou sabendo de um esquema de corrupção com vacinas e nada fez para impedir.

Além do afastamento do delegado que estava apurando crimes ambientais, Bolsonaro também afastou dois delegados que investigavam possíveis crimes cometidos por seus próprios filhos. Nos últimos meses, para tirar a atenção da CPI da Covid, Bolsonaro tem defendido um sistema de votação do voto impresso, que também permite mais fraudes do que o eletrônico.