Sem saída, após a divulgação de que o áudio da conversa com os irmãos Miranda já está circulando, Jair Bolsonaro confessou, durante entrevista à Rádio Gaúcha neste sábado, 10 de julho, que não pode tomar providências sobre tudo que chega até ele.

Bolsonaro foi informado de um esquema de corrupção, não tomou providências, e seu filho, Flávio Bolsonaro, fez lobby para uns dos possíveis beneficiários do esquema de corrupção. Além disso, mais de 530 mil pessoas morreram no Brasil por atraso na compra das vacinas, negligência no combate à pandemia e tratamentos ineficazes sem comprovação científica propalados pelo próprio Bolsonaro.

(foto josé dias – pr – div)

Segundo reportagem, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) facilitou um encontro do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, com o dono da Precisa, Francisco Maximiano, no ano passado. O encontro consta na agenda de Montezano e ocorreu no dia 13 de outubro de 2020 no escritório do banco, em Brasília. (LINK). Bolsonaro também assinou uma Medida Provisória para as vacinas que é um verdadeiro marco para facilitar corrupção. (LINK)

A confissão sobre a corrupção das vacinas foi feita diante da impossibilidade de negar a conversa com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), no qual o parlamentar teria revelado um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. “Ele (Luis Miranda) pediu uma audiência pra conversar comigo sobre várias ações. Eu tenho reunião com mais de 100 pessoas por mês, dos mais variados assuntos. Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência”, disse Bolsonaro conforme reportagem do jornal O Globo

O esquema acobertado por Bolsonaro já tinha sido usado e causado prejuízo e mortes. Esquema de corrupção da Covaxin é igual ao que gerou a morte de pessoas na gestão Barros (LINK)