A série Cinema #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo há mais de cinco meses e com mais de 850 mil visualizações, disponibiliza gratuitamente ao público novos filmes em streaming pela plataforma do Sesc Digital. Nesta semana, a programação começa mais cedo, na terça-feira (1/12), quando a série estreia o título “O Ano de 1985”, exibição especial em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado na data. Na quinta-feira (3/12), estreiam as obras de ficção “Tangerine”, “Ciganos da Ciambra” e “Fôlego”, o documentário “Yãmĩyhex: As Mulheres-Espírito”, pelo Ciclo de Autoria Indígena, o título “Vaya”, pelo Cine África, e a obra “O Colar de Coralina”, para o público infantil, pelo CineClubinho.

“O Ano de 1985”, de Yen Tan

O filme “O Ano de 1985”, de Yen Tan, que estreia na plataforma terça-feira (1/12), Dia Mundial de Combate à Aids, conta a história de Adrian. Morando em Nova York e longe de casa há três anos, o jovem retorna para passar o Natal com sua família, durante a primeira onda de crise da Aids. Sobrecarregado com uma tragédia recente, o jovem procura se reconectar com sua amiga de infância, seu irmão mais novo e seus pais religiosos, enquanto luta para contar seus segredos. Classificação indicativa: 14 anos.

“Tangerine”, de Sean Baker

Dentre as estreias da semana da série Cinema #EmCasaComSesc, a partir de quinta-feira (3/12), está o título “Tangerine”, de Sean Baker, que filmou a comédia-dramática munido apenas de um smartphone, revelando uma Los Angeles diversa e melancólica. Sin-Dee Rella, transexual e prostituta, retorna da prisão e descobre, por meio de sua melhor amiga, Alexandra, também trans, que está sendo traída pelo namorado e agenciador Chester. Sin-Dee parte então em busca de Chester e sua amante, a cisgênero Dinah. Classificação indicativa: 16 anos.

Outra sugestão é a obra de ficção “Ciganos da Ciambra”, de Jonas Carpignano. Em Ciambra, pequena comunidade romana na Calábria, Pio, de 14 anos, quer crescer rápido. Como seu irmão mais velho, Cosimo, ele bebe, fuma e aprende pequenos golpes de rua. Porém, no dia em que Cosimo desaparece, Pio é desafiado a ocupar o lugar de provedor da família, sendo colocado diante de uma difícil escolha. Classificação indicativa: 14 anos.

Já no título “Fôlego”, o diretor Renato Sircilli grava, por quatro anos, a vida de um grande amigo buscando flagrar alguma catarse. Durante o processo de filmagem, a mãe do amigo morre sem deixar nenhum vestígio em vídeo. Um filme para se afastar do medo do esquecimento. Classificação indicativa: 16 anos.

A semana também conta com a estreia do documentário “Yãmĩyhex: As Mulheres-Espírito”, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, pelo Ciclo de Autoria Indígena. Após passarem alguns meses na Aldeia Verde, as Yãmĩyhex (mulheres-espírito) se preparam para partir. Os cineastas registram os preparativos e a grande festa de despedida. Durante os dias de festividades, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia. As Yãmĩyhex vão embora, mas sempre retornam com saudades de seus pais e de suas mães. Classificação indicativa: Livre.

Pelo Ciclo de Autoria Indígena, a cada mês, um filme ou seleção de filmes entra em cartaz na plataforma do Sesc Digital – Cinema #EmCasaComSesc e fica disponível ao público pelo período de 30 dias. São produções que ampliam olhares sobre a diversidade cultural, por meio de um cinema que se realiza nas e com as florestas, os cerrados, a natureza, o território, a cosmologia. Os filmes resultam de um intenso processo de apropriação tecnológica contemporânea a partir de matrizes culturais tradicionais que fazem do cinema um potente caminho para o fortalecimento cultural, fonte de expressão de diversas formas de ser e estar no mundo e de transmissão de saberes. A curadoria é da documentarista e antropóloga Júnia Torres, organizadora e curadora do forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte.

O Cine África – que traz filmes de países como Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia e Nigéria – estreia o título “Vaya”, de Akin Omotoso. Um trem chega a Joanesburgo vindo de KwaZulu-Natal com Zanele, uma jovem bailarina que deseja se consolidar como artista, Nhlanhla, um menino do interior que visita um primo que lhe promete trabalho, e Nkulu, que viajou à cidade grande para buscar o cadáver do pai. Baseadas em histórias reais, as experiências dessas personagens na cidade grande as obrigam a repensar suas atitudes diante da vida e das pessoas. Classificação indicativa: 16 anos.

Já pelo CineClubinho, espaço na Plataforma Sesc Digital que apresenta o melhor do cinema infantil e infanto-juvenil, a novidade desta semana é a ficção “O Colar de Coralina”, de Reginaldo Gontijo. Aninha, futura poeta e doceira, é uma criança considerada feia, frágil, desajeitada e oprimida por praticamente todos que a cercam. Ela encontra no jogo da amarelinha um meio de superar os próprios limites e, na imaginação, uma fuga do meio opressivo em que vive. Sua infância, marcada pela rejeição, é relembrada na vida adulta por sua ligação afetiva e trágica com o prato azul-pombinho, último de uma coleção de 92 peças, pertencente à sua bisavó Antônia. Para assistir, basta acessar sescsp.org.br/cineclubinho .

PROGRAMAÇÃO Cinema #EmCasaComSesc

ESTREIA 1/12

O ANO DE 1985
(Dir.: Yen Tan | EUA | 85 min | 2018 | Ficção | 14 anos)
Morando em Nova York e longe de casa há três anos, o jovem Adrian retorna para passar o Natal com sua família, durante a primeira onda de crise da Aids. Sobrecarregado com uma tragédia recente, o jovem procura se reconectar com sua amiga de infância, seu irmão mais novo e seus pais religiosos, enquanto luta para contar seus segredos.

ESTREIAS 3/12

TANGERINE
(Dir.: Sean Baker | EUA | 88 min | 2015 | Ficção | 16 anos)
Sin-Dee Rella, transexual e prostituta, retorna da prisão e descobre, por meio de sua melhor amiga Alexandra, também trans, que está sendo traída pelo namorado e agenciador Chester. Sin-Dee parte então em busca de Chester e sua amante, a cisgênero Dinah. Sean Baker filma, munido apenas de um iPhone 5s, uma comédia-dramática natalina e revela uma Los Angeles diversa e melancólica.

CIGANOS DA CIAMBRA
(Dir.: Jonas Carpignano | Alemanha, Brasil, França, Itália, Suécia | 118 min | 2017 | Ficção | 14 anos)

Em Ciambra, uma pequena comunidade romana na Calábria, Pio, de 14 anos, quer crescer rápido. Como seu irmão mais velho, Cosimo, ele bebe, fuma e aprende a arte de pequenos golpes de rua. Porém, no dia em que Cosimo desaparece, Pio é desafiado a ocupar o lugar de provedor da família, papel muito pesado para ele, que é colocado diante de uma drástica escolha

FÔLEGO
(Dir.: Renato Sircilli | Brasil | 85 min | 2018 | Ficção | 16 anos)

Gravei quatro anos da vida de um grande amigo buscando flagrar alguma catarse. Enquanto eu tentava lidar com os fins que aconteciam na minha vida, o inevitável aconteceu com ele. Sua mãe morreu sem deixar nenhum vestígio em vídeo. Um filme para se afastar do medo do esquecimento.

CICLO DE AUTORIA INDÍGENA

YÃMĨYHEX: AS MULHERES-ESPÍRITO
(Dir.: Sueli Maxakali e Isael Maxakali | Brasil | 76 min | 2019 | Documentário | Livre)

Após passarem alguns meses na Aldeia Verde, as Yãmĩyhex (mulheres-espírito) se preparam para partir. Os cineastas Sueli e Isael Maxakali registram os preparativos e a grande festa para sua despedida. Durante os dias de festa, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia. As Yãmĩyhex vão embora, mas sempre voltam com saudades de seus pais e de suas mães.

CINE ÁFRICA

VAYA
(Dir.: Akin Omotoso | África do Sul | 120 min | 2016 | Ficção | 16 anos)

Um trem chega a Joanesburgo vindo de KwaZulu-Natal com três passageiros: Zanele, uma jovem bailarina que deseja se consolidar como artista; Nhlanhla, um menino do interior que visita um primo que lhe promete trabalho, e Nkulu, que viajou à cidade grande para buscar o cadáver do pai. Baseadas em histórias reais, as experiências na cidade grande dessas personagens as obrigam a repensar suas atitudes diante da vida e das pessoas.

CINECLUBINHO

O COLAR DE CORALINA
(Dir.: Reginaldo Gontijo | Brasil | 90 min | 2018 | Ficção | Livre)

A menina Aninha, futura poeta e doceira, é uma criança considerada feia, frágil, desajeitada e oprimida por praticamente todos que a cercam. Ela encontra no jogo da amarelinha um meio de superar os próprios limites e, na imaginação, uma fuga do meio opressivo em que vive. Sua infância, marcada pela rejeição, é relembrada na vida adulta por sua ligação afetiva e trágica com o prato azul-pombinho, último de uma coleção de 92 peças, pertencente à sua bisavó Antônia.

(Carta Campinas com informações de divulgação)