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Gumboot Dance Brasil dança a memória e a sobrevivência da população negra em ‘Subterrâneo’

No ar há cinco meses, a programação da série Dança #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo,  dá início ao último mês do ano, com a transmissão dos espetáculos direto das unidades do Sesc na capital paulista, intercalados com lives realizadas na casa dos artistas ou em estúdios de trabalho, sem a presença de público no local e seguindo todos os protocolos de segurança. O modelo híbrido, implementado em outubro, faz parte da retomada parcial e gradativa das atividades do Sesc, permitindo o encontro com artistas de outros estados ou pertencentes ao grupo de risco do coronavírus. Ao mesmo tempo, estimula o setor cultural ao abrir os palcos de suas unidades.

A série pode ser acompanhada pelo YouTube do Sesc São Paulo ou pelo Instagram Sesc ao Vivo.

Companhia Urbana (Foto: Andre Valente)

Na terça-feira (1/12), a Companhia Urbana de Dança, formada por jovens artistas do Rio de Janeiro, sob direção de Sonia Destri Lie, apresenta o espetáculo “Primeiro Tratamento”, direto do Rio de Janeiro. O trabalho parte de questionamentos: não seria interessante e, ao mesmo tempo, intenso, ter experiências expressas, em dança, em outros corpos que não fossem os nossos? Ter o outro como espelho, encontrar em outras pessoas aquilo que estamos sentindo, da mesma maneira e com a mesma intensidade, e que não conseguimos expressar em voz, grito, sussurro? Diante de relatos recebidos pela produção do projeto, sendo alguns deles anônimos, coreografias e trilhas foram criadas pela companhia. Este trabalho virtual é um “primeiro tratamento” de um projeto futuro da companhia que está em desenvolvimento. Com Tiago Sousa, Miguel Fernandes, Andre Virgilio, Allan Wagner, Rafael Balbino, Julio Rocha, Jessica Nascimento, Johnny Britto. Classificação: 14 anos.

Subterrâneo (Foto: Mario Cassettari)

Quinta-feira (3/12), é a vez do Gumboot Dance Brasil apresentar no palco do Sesc Vila Mariana o espetáculo “Subterrâneo”, do diretor e coreógrafo Rubens Oliveira. A obra traça um paralelo entre a experiência dos mineiros africanos do século XIX e a sobrevivência da população negra e periférica das grandes metrópoles brasileiras nos dias de hoje. Suburbanos explorados cotidianamente, com suas memórias sendo apagadas e suas vozes abafadas. Como sobreviver, ressignificar o cenário e resgatar a humanidade dentro de uma estrutura repressora e historicamente violenta? A voz que ecoa, as cores e as dores são as mesmas. A motivação é a vida, que deve ser celebrada com toda sua potência, originalidade, ancestralidade, memória e verdade. Com os dançarinos Danilo Nonato, Diego Henrique, Munique Mendes, Pâmela Ammy, Rafael Oliveira, Rubens Oliveira, Samira Marana, Silvana de Jesus e Washington Gabriel e os músicos Mauricio Oliveira (percussão e sax), Eduardo Marmo (baixo) e Alencar Martins (guitarra). Classificação: Livre.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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