.Por Marcelo Mattos.

A mais recente decisão do então presidente da República cancelando o acordo entre o Ministério da Saúde e o Governo de São Paulo para a compra de 46 milhões de dose da CoronaVac para a imunização da população, reforça a total ausência de preocupação com as milhares de vidas ceifadas pela Covid-19 e a omissão, a negligência no combate a pandemia.

(foto tania rêgo – ag brasil)

É mais uma irresponsabilidade política, uma violência criminosa (depois de boicotar o isolamento social, o uso de máscaras, a medicação inócua e a subnotificação de casos), além de uma atitude infame, genocida contra as evidências científicas de proteção vacinal que agravará os 5.200 milhões de casos e 154 mil mortes hoje registradas.    

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em conjunto com as pesquisas realizadas com o Instituto Butantan, de São Paulo, se encontra em estágio final de testes iniciados em junho, com vacinação prevista para janeiro próximo, contava com a disponibilidade de R$ 1,9 bilhão federal para a aquisição de vacina.

A vacinação da população é imprescindível para a garantia de vidas e a sua inviabilidade é claramente um atentado obscurantista, uma insanidade contra a saúde, o interesse público e um menosprezo ao direito à vida. A saúde da população brasileira é preceito das chamadas garantias constitucionais e não pode ficar exposta à barbárie, ao escárnio, ao ódio presidencial contra todas as medidas de prevenção e combate ao coronavírus, contaminada pelo negacionismo religioso igualmente nefasto.