Na semana em que completa quatro meses no ar e com mais de 720 mil visualizações, a série Cinema #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, disponibiliza gratuitamente ao público novos filmes em streaming pela plataforma do Sesc Digital. Na próxima quinta-feira (8/10), a série estreia a obra de ficção “Uma Vida Comum” e os títulos “O Caminho dos Sonhos”, pela Mostra Alemã de Cinema: Elas Dirigem!, e “O Fantasma e a Casa da Verdade”, pelo Cine África. A plataforma de streaming do Sesc Digital também exibe, a partir do dia 8/10, seis filmes que fazem parte da programação do Festival É Tudo Verdade.

“O Caminho dos Sonhos”

Disponível de 10 a 16 de outubro, “O Caminho dos Sonhos”, de Angela Schanelec, é o destaque da “Mostra Alemã de Cinema: Elas Dirigem!”. O filme conta a história de dois casais. Kenneth, um homem inglês, e Theres, uma garota alemã, estão apaixonados e trabalham cantando nas ruas da Grécia, em 1984, para financiar suas férias. Até que ele descobre que sua mãe sofreu um acidente e retorna para casa, às pressas. A outra história acontece em Berlim, 30 anos depois. Ariane, uma atriz de televisão, se separa do marido, um antropólogo bem-sucedido. A classificação indicativa é de 12 anos.

A “Mostra Alemã de Cinema: Elas Dirigem!” é uma realização do Consulado Geral da República Federal da Alemanha em parceria com o Sesc São Paulo e que, neste ano, comemora os 30 anos da Reunificação Alemã. Até 7 de novembro, ao todo seis premiados títulos dirigidos por mulheres serão disponibilizados gratuitamente no Sesc Digital. A cada sábado, uma nova opção entra em cartaz, todas legendadas em português. Para assistir, basta acessar sescsp.org.br/cinemaemcasa.

“O Fantasma e a Casa da Verdade”

Nesta semana, estreia também mais um título do Cine África, que traz filmes de países como Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia, Nigéria, Quênia, Senegal e Sudão. “O Fantasma e a Casa da Verdade”, de Akin Omotoso, conta a história de Bola Ogun, conselheira dedicada que media as sessões de reconciliação entre condenados e as vítimas de seus crimes. Quando sua própria filha desaparece, sua crença no perdão é testada. O filme, uma obra de ficção, é indicado para maiores de 12 anos e fica disponível até 14 de outubro.

“Uma Vida Comum”

A partir do dia 8/10, o Cinema #EmCasaComSesc passa a exibir “Uma Vida Comum”, de Uberto Pasolini. Obcecado por organização e meticuloso ao extremo, John May é um inventariante encarregado de encontrar o parente mais próximo de pessoas que morreram sozinhas. Quando o seu departamento é reduzido, ele concentra esforços em seu último caso, o que o leva a uma viagem libertadora que lhe permite finalmente começar a viver a vida. A classificação indicativa é 12 anos.

Outra boa novidade da semana é a exibição de seis longas-metragens que integram a programação do Festival É Tudo Verdade, em uma parceria do Sesc São Paulo com o evento dedicado à cultura de documentários. Quem acessar o Sesc Digital vai poder conferir “Auto de Resistência”, “Cidades Fantasmas”, “O Futebol”, “Homem Comum”, “Mataram Meu Irmão” e “Dois Tempos”. Saiba mais em sescsp.org.br/etudoverdade.

“Auto de Resistência”

O documentário “Auto de Resistência”, de Natasha Neri e Lula Carvalho, mostra um panorama contemporâneo de homicídios praticados pela polícia contra civis, no Rio de Janeiro, em situações inicialmente classificadas como legítima defesa. Mas a versão da PM é posta em xeque com o surgimento de vídeos e pela luta de mães que tentam provar a inocência de seus filhos. A classificação indicativa é 16 anos.

“Cidades Fantasmas”

O longa de ficção “Cidades Fantasmas”, de Tyrell Spencer, se passa em quatro países da América Latina. Em Humberstone (Chile), resquícios na paisagem e memórias de sobreviventes não conseguem ilustrar a prosperidade da época em que dali saía boa parte do salitre exportado para o mundo. Nas imediações da antiga Fordlândia (Brasil, PA), casas hoje ocupadas por posseiros são os últimos sinais de uma cidade norte-americana construída por Henry Ford no auge do ciclo da borracha. Em Armero (Colômbia), a população foi quase erradicada pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz, em 1985. Vinte e cinco anos depois de ter sido inundada, após a quebra de uma barragem, ruínas de Villa Epecuén (Argentina), emergem para expor os restos de uma antiga estação de águas medicinais. A classificação indicativa é 10 anos.

“O Futebol”, documentário de Sergio Oksman, conta a história de Sergio e seu pai, Simão, que não se viam há 20 anos. A realização da Copa de 2014 no Brasil fornece ao filho, que mora na Espanha, um pretexto para conviver algum tempo com o pai, retomando seu antigo hábito de assistirem a jogos juntos, mantido quando o filho era garoto. À medida que ambos se reaproximam, suas conversas os levam ao encontro do passado e das questões deixadas em aberto pela distância. A classificação indicativa é livre.

“Homem Comum”

Outro documentário do Festival é “Homem Comum”, do cineasta Carlos Nader, que ao longo de quase 20 anos conviveu com o caminhoneiro paranaense Nilson de Paula e sua família. Desde o início, havia o projeto de realizar um documentário, cujas intenções se transformam num processo também captado pela câmera. Durante esse período, transformam-se as vidas de ambos. Grandes questões, como o sentido da vida, incorporam-se à própria tessitura do filme, ao qual se contrapõem trechos do clássico “A Palavra” (Ordet), longa dinamarquês de 1955 dirigido por Carl Dreyer, evidenciando conexões estéticas e existenciais. A classificação indicativa é livre.

Em “Mataram Meu Irmão”, de Cristiano Burlan, o cineasta reconstitui os detalhes da morte de seu irmão, Rafael Burlan da Silva (22), ocorrida há 12 anos, em 2001. O diretor se lança numa jornada pessoal que conduz ao coração de um círculo de violência em torno de bairros da periferia paulistana como o Capão Redondo, onde morava com o irmão, e expõe partes de sua própria história familiar, trazendo à tona os destinos de diversos personagens. A classificação indicativa é 12 anos.

“Mataram Meu Irmão”

E por fim, encerrando as estreias da semana, “Dois Tempos”, de Dorrit Harazim e Arthur Fontes, traz uma radiografia da ascensão da classe média brasileira. Os diretores revisitam uma família moradora da zona leste paulistana que protagonizou um trabalho anterior, “A Família Braz” (2000). Seu Toninho, dona Maria e três de seus quatro filhos, Denise, Gisele e Éder – o mais velho, Anderson, se casou e mudou – continuam morando na mesma casa, na Vila Brasilândia. Mas a renda e as perspectivas profissionais e culturais visivelmente se ampliaram. A classificação é livre.

“Dois Tempos”

PROGRAMAÇÃO #EmCasaComSesc

Estreias 08/10

ESTREIA

UMA VIDA COMUM
(Dir.: Uberto Pasolini | Reino Unido, Itália | 2014 | 87 min | Ficção | 12 anos)

Obcecado por organização e meticuloso ao extremo, John May é um inventariante encarregado de encontrar o parente mais próximo de pessoas que morreram sozinhas. Quando o seu departamento é reduzido, John concentra esforços em seu último caso, o que o leva a uma viagem libertadora que lhe permite finalmente começar a viver a vida.

MOSTRA ALEMÃ DE CINEMA: ELAS DIRIGEM!

O CAMINHO DOS SONHOS

(Dir.: Angela Schanelec | Alemanha | 2016 | 86 min | Ficção | 12 anos)

Grécia, 1984. Kenneth, um homem inglês, e Theres, uma garota alemã, trabalham cantando na rua para financiar suas férias. Estão apaixonados, mas quando Kenneth descobre que sua mãe sofreu um acidente, retorna para casa às pressas. Berlim, 30 anos depois. Ariane, uma atriz de televisão, se separa do marido, um antropólogo bem-sucedido. Quando se muda para um apartamento perto da estação central, ele começa a ver um sem-teto do lado de fora de sua janela.

[Disponível de 10 a 16/10]

CINE ÁFRICA

O FANTASMA E A CASA DA VERDADE
(Dir.: Akin Omotoso | África do Sul | 2019 | 67 min | Ficção | 12 anos)

Bola Ogun é uma conselheira dedicada, que media as sessões de reconciliação entre condenados e as vítimas de seus crimes. Quando sua própria filha desaparece, sua crença no perdão é testada.

[Disponível de 8 a 14/10]

FESTIVAL É TUDO VERDADE

AUTO DE RESISTÊNCIA
(Dir.: Natasha Neri e Lula Carvalho | Brasil | 2018 | 104 min | Documentário | 16 anos)

Um panorama contemporâneo de homicídios praticados pela polícia contra civis, no Rio de Janeiro, em situações inicialmente classificadas como legítima defesa. As vítimas de assassinato são acusadas de serem traficantes e de terem trocado tiros com os policiais. No entanto, a versão da PM é posta em xeque pelo surgimento de vídeos e pela luta de mães que tentam provar a inocência de seus filhos. O filme retrata o embate de versões nos julgamentos de casos nas varas dos Tribunais do Júri, os bastidores das investigações policiais e a Comissão Parlamentar de Inquérito estadual instaurada para apurar o alto índice de mortes decorrentes da ação policial no Rio.

[Disponível de 8/10 a 07/11]

CIDADES FANTASMAS
(Dir.: Tyrell Spencer | Brasil | 2017 | 70 min | Ficção | 10 anos)

Em Humberstone (Chile), resquícios na paisagem e memórias de sobreviventes mal conseguem ilustrar a prosperidade da época em que dali saía boa parte do salitre exportado para todo o mundo. Nas imediações da antiga Fordlândia (PA), casas hoje ocupadas por posseiros são os últimos sinais de uma cidade norte-americana construída por Henry Ford no auge do ciclo da borracha. Armero, na Colômbia, teve sua população praticamente erradicada pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz, em 1985. Vinte e cinco anos depois de ter sido inundada, após a quebra de uma barragem, ruínas da Villa Epecuén, na Argentina, emergiram para expor os restos de uma antigamente animada estação de águas medicinais.

[Disponível de 8/10 a 21/10]

O FUTEBOL
(Dir.: Sergio Oksman | Brasil, Espanha| 2015 | 70 min | Documentário | Livre)

Sergio e seu pai, Simão, não se viram ao longo de 20 anos. A realização da Copa de 2014 no Brasil fornece ao filho, que mora na Espanha, um pretexto para conviver algum tempo com o pai, retomando seu antigo hábito de assistirem a jogos juntos, mantido quando o filho era garoto. À medida que ambos se reaproximam, suas conversas os levam ao encontro do passado e das questões deixadas em aberto pela distância. Correndo em paralelo com os jogos da Copa, seus encontros deixam claro que algo escapou do plano inicial. E que esta viagem poderá trazer, mais do que reconciliação, uma exploração em território desconhecido.

[Disponível de 8/10 a 07/11]

HOMEM COMUM
(Dir.: Carlos Nader | Brasil | 2013 | 110 min | Documentário | Livre)

Ao longo de quase 20 anos, o cineasta Carlos Nader conviveu com o caminhoneiro paranaense Nilson de Paula e sua família. Desde o início, havia o projeto de realizar um documentário, cujas intenções se transformam visceralmente, num processo também captado pela câmera. Durante esse período, transformam-se as vidas de Nilson, que adoece, de sua mulher, Jane, e de sua única filha, Liciane, assim como a do diretor, que passa a fazer parte deste círculo também afetivamente. Grandes questões, como o sentido da vida, incorporam-se à própria tessitura do filme, ao qual se contrapõem trechos do clássico “A Palavra” (Ordet), longa dinamarquês de 1955 dirigido por Carl Dreyer, evidenciando conexões estéticas e existenciais.

[Disponível de 8/10 a 07/11]

MATARAM MEU IRMÃO
(Dir.: Cristiano Burlan | Brasil | 2013 | 77 min | Documentário | 12 anos)

Reconstituindo os detalhes da morte de seu irmão, Rafael Burlan da Silva, ocorrida há 12 anos, o cineasta Cristiano Burlan lança-se a uma jornada pessoal que conduz ao coração de um círculo de violência em torno dos bairros da periferia paulistana como o Capão Redondo, onde morava a família e o irmão, de 22 anos, foi morto com sete tiros em 2001. Explorando as razões do envolvimento do irmão com drogas e roubo de carros, o diretor expõe partes de sua própria história familiar, ouvindo parentes e amigos, cujos depoimentos trazem à tona os destinos de diversos personagens, mapeando o histórico de dolorosas feridas emocionais.
[Disponível de 8/10 a 07/11]

DOIS TEMPOS
(Dir.: Dorrit Harazim e Arthur Fontes | Brasil | 2010 | 82 min | Documentário | Livre)

Apontada pelas estatísticas, a ascensão da classe média brasileira é radiografada neste documentário, em que os diretores Dorrit Harazim e Arthur Fontes revisitam uma família da zona leste paulistana que protagonizou um trabalho anterior, A Família Braz (2000). Seu Toninho, dona Maria e três dos quatro filhos, Denise, Gisele e Éder – o mais velho, Anderson, se casou e mudou – continuam morando na mesma casa, na Vila Brasilândia. Mas sua renda e perspectivas profissionais e culturais visivelmente se ampliaram. Denise, que era recepcionista, hoje é vendedora, tem cartão de crédito, já fez plástica e viajou de avião. Gisele estuda pedagogia e tem seu notebook. Éder desistiu de ser motoboy, formando-se técnico de laboratório. Anderson trabalha com seguros e planeja uma viagem ao exterior.

[Disponível de 8/10 a 07/11]

Desde o início de junho, o CineSesc realiza a série Cinema #EmCasaComSesc, em sua Plataforma Digital, com estreias semanais. Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas estreias semanais a cada quinta-feira (considerando a semana de cinema de quinta à quarta-feira). Há ainda possibilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões especiais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #EmCasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado desde o mês de março, por conta da crise causada pelo novo coronavírus.

(Carta Campinas com informações de divulgação)