.Por Roberto Ravagnani.

Sim em tempos de pandemia quem diria, o voluntariado aumentou quase 10% em relação a base anterior, chegamos próximos de 22% da população fazendo atividades voluntárias.

(imagem josephredfield – pl)

Isso é bom? Sempre é muito bom quando se fala de aumento de participação voluntária das pessoas na sociedade, mas isso irá perdurar pós pandemia ou se preferirem no normal com a pandemia?

Esse já é um palpite difícil de se dar, mas conhecendo um pouco o perfil do voluntario brasileiro, eu com dor no coração, diria que não irá perdurar todo ele.

O brasileiro é um povo muito solidário, povo admirado pelo restante do mundo por sua amistosidade, color humano, amizade e solidariedade, isto ninguém tira de nosso povo, mas quando se trata de compromisso, aí a conversa começa a mudar de rumo.

O povo brasileiro também é muito conhecido por sua malemolência, gosto por festas e por conseguir coisas de forma fácil, o que não são títulos tão nobres, na minha humilde opinião.

Assim, o trabalho voluntário que exige compromisso, regramento, talvez não esteja dentro das coisas mais divertidas para serem feitas ou assumidas pelo brasileiro e isto é triste.

Com o exposto, espero estar errado, o voluntariado tende a ser deixado de lado após uma maior normalização de nossa vida e a volta das atividades sociais de forma mais intensa e o esquecimento de muitos dos problemas sociais que enfrentamos agora durante, mas também enfrentávamos antes da pandemia e o pior vamos continuar com eles após a volta da nova normalidade.

O brasileiro tende a esquecer as mazelas que estão a nossa volta muito rapidamente, talvez até como uma proteção individual, mas não é possível fechar os olhos a tantas oportunidades de fazer a diferença na vida de tantos que precisam e aqui não faço referencia somente as pessoas, mas temos o meio ambiente e os animais que também precisam e passam por dificuldades.

Torço de verdade que este índice de trabalhadores voluntários aumente sempre e para isso que trabalho, pois com mais voluntários teremos um país e um mundo mais solidário e mais acolhedor, sem ter que esperar uma tragédia para isso.

Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista, radialista, conteudista e Consultor especialista em voluntariado e responsabilidade social empresarial