.Por Marcelo Mattos.

O que nos resta fazer diante da barbárie política de um governo medieval inescrupuloso, que dia-a-dia promove a destruição ambiental da Amazônia, Pantanal e a recém-aprovada resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) acabando com as áreas de proteção permanente (APPs) de manguezais e de restinga do litoral brasileiro.

Salles (foto marcelo camargo – ag brasil)

Em maio de 2019 o governo diminui em 76% a representação da composição deste Conselho (de 96 a 23 assentos), com somente quatro representantes da sociedade civil e ampliando a sua representação de entes governista e das Confederações da Indústria e Agricultura.

Os riscos à preservação das áreas litorâneas são incomensuráveis, favorecendo exclusivamente a descontrolada especulação e ocupação imobiliária de condomínios e resorts, ao turismo de cassinos e jogatinas em faixas de vegetação de praias e manguezais, numa “cancunização” deletéria das nossas riquezas naturais e ambientais, além da ocupação do litoral por grandes fazendas marítimas. 

Esta infame e vergonhosa votação aprovou ainda a queima de materiais de embalagens e restos de agrotóxicos em fornos industriais os transformado em cimento, anulando também a resolução que obrigava o licenciamento ambiental para projetos de irrigação. 

Vivemos um fascismo liquefeito, que está permeando os direitos e garantias sociais e coletivas, o meio ambiente, a saúde, as liberdades constitucionais e a abjeta censura instaurada. É a “passagem de boiada” em meio à pandemia para redenção totalitária do aniquilamento da soberania e a vergonhosa entrega do país.