Em acordo judicial de delação premiada, o doleiro Dario Messer revelou que havia corrupção na Lava Jato de Curitiba e que pelo menos um dos procuradores organizava extorsão de delatores. O pior é que o caso foi arquivado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Segundo reportagem da CNN Brasil, que teve acesso aos documentos do caso, Messer acusou em sua delação premiada Januário Paludo, subprocurador da República e ex-integrante da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba. A acusação é de ter recebido propina para proteger o doleiro das investigações no Paraná.

Messer disse que os pagamentos eram feitos ao advogado Antônio Augusto de Figueiredo Basto, um conhecido criminalista do Paraná e intermediador de vários acordos de colaboração com o juiz Sergio Moro. O valor relatado por Messer em um dos anexos da delação entregue ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, é de cerca de 50 mil dólares por mês.

Paludo, inspirador do grupo de whatszap da força tarefa da Lava Jato, os Filhos de Januário, fartamente comprovada na Vaza Jato, do The Intercept, teve o assunto encaminhado à Procuradoria-Geral da República em Brasília, que arquivou a investigação.

A CNN conseguiu o anexo da delação, onde Messer, inclusive, menciona as conversas que foram obtidas pela Polícia Federal com sua mulher, Myra, sobre a investigação contra ele. Em resposta, escreve a ela que “Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.

A emissora procurou a PGR, que disse não comentar assuntos relacionados a cordos de colaboração. Basto duvidou que Messer tenha provas. Paludo mandou nota dizendo que a representação foi arquivada por ser infundada. (Com informações do GGN e CNN)