A vacina contra o novo coronavírus desenvolvida por Cuba entrará na etapa de ensaios clínicos em humanos. De acordo com autoridades de saúde da ilha caribenha, os testes serão iniciados na semana que vem e foram autorizados em 676 pessoas entre 19 e 80 anos.

Pesquisadores cubanos que lideraram o desenvolvimento da vacina (foto twitter miguel díaz-canel bermúdes)

A previsão de conclusão do estudo está prevista para janeiro do ano que vem. Já os resultados da “Soberana 01”, como foi batizada a vacina, estão programados para divulgação em fevereiro de 2021. O recrutamento de voluntários para os testes começará na próxima segunda-feira (24) e terminará em outubro. 

Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde, informou que a expectativa é que a população tenha acesso à vacina no primeiro trimestre do ano que vem.

Cuba tem sido referência na contenção do coronavírus desde o início da pandemia. Segundo atualização mais recente do ministério da Saúde cubano, 3.408 casos e 88 mortes em decorrência da doença respiratória foram registrados no país. 

Avanço científico

Ao anunciar a produção da vacina contra o coronavírus, o governo cubano ressaltou o alto nível de desenvolvimento da biotecnologia no país, que possibilitou conquistas como uma vacina própria contra a hepatite B. 

Conforme reportagem da Deutsche Welle, os cientistas da ilha caribenha estão trabalhando com quatro vacinas, sendo a que inicia os ensaios clínicos em humanos a mais avançada. As pesquisas são feitas no Instituto Finlay, centro científico governamental em Havana dedicado à investigação e desenvolvimento de vacinas. 

O presidente Miguel Díaz-Canel destacou a importância de uma produção nacional. “Embora haja vacinas de outros países, precisamos das nossas para ter soberania”, disse, no primeiro semestre. (Do Brasil de Fato)