Quase completando três meses no ar e com mais de 530 mil visualizações, a série Cinema #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, disponibiliza gratuitamente ao público filmes em streaming pela plataforma do Sesc Digital. Nesta semana, além das estreias do período, a série exibe novo longa da Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa, além de um curta-metragem e dois novos títulos do Ciclo de Cinema Indígena. E continua disponível, na mesma plataforma, um recorte especial dos filmes mais votados no 46º Festival Sesc Melhores Filmes, além dos filmes que compõem o 8º Panorama Digital do Cinema Suíço.

“Stromboli”, de Roberto Rosselini 

Uma das estreias da semana é o clássico “Stromboli”, de Roberto Rosselini (1906-77), de 1950. O longa traz a atriz Ingrid Bergman (1915-82) em interpretação marcante. Ela faz a personagem Karen, uma refugiada que se casa com um marinheiro da Ilha de Stromboli, na Sicília. Pouco tempo depois, as diferentes mentalidades e o duro estilo de vida da ilha começam a prejudicar o casal. Outro italiano é destaque nesta semana: “As Maravilhas”, de Alice Rohrwacher, de 2014. Indicado à Palma de Ouro em Cannes, o filme conta a história de Gelsomina, uma jovem moça que vive com seus pais e suas irmãs na região da Toscana, e que tem a sua vida modificada com a chegada de Martin. Ambos têm classificação indicativa de 12 anos.

O Cinema Em Casa traz também a estreia do nacional “As Duas Irenes”, de Fabio Meira, de 2017. No longa, a menina Irene, de 13 anos, descobre que o pai tem uma segunda família e outra filha de sua idade, também chamada Irene. Sem que ninguém saiba, ela se arrisca para conhecer a menina e acaba descobrindo uma Irene completamente diferente dela. O filme, que tem classificação indicativa de 14 anos, participou da Mostra Generation do 67º Festival Internacional de Cinema de Berlim e conquistou os prêmios de Melhor Primeiro Filme e Melhor Fotografia no 32º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México. Outro nacional na programação é o curta-metragem “Angela”, de Marília Nogueira (classificação também 14 anos) que mostra uma personagem hipocondríaca, apresentando diagnósticos de doenças que nunca teve. Sua ficção segue imperturbável até a chegada de Sueli, e o vislumbre de uma nova existência.

“As Duas Irenes”, de Fabio Meira

Para o público infantil, estreia na plataforma o longa nacional “O Cavalinho Azul”, com direção de Eduardo Escorel, de 1984. Adaptação de peça homônima da escritora Maria Clara Machado (1921-2001), o filme conta a história de Vicente, menino que tem um magro pangaré marrom que, aos seus olhos, é um belo cavalo azul. Seus pais, pobres roceiros, passam por dificuldades e precisam vender o animal para tristeza do menino. Determinado a não perder seu cavalo azul, Vicente embarca numa aventura para recuperá-lo. A classificação indicativa é livre.

A semana tem também dois novos filmes de autoria indígena, dentro eixo temático que traz a cada mês a exibição de obras realizadas por coletivos e diretores de diversas etnias e regiões do Brasil. “Duas Aldeias, Uma Caminhada”, com direção do Coletivo de Cinema Mbya-Guarani, é um documentário que mostra o dia-a-dia de duas comunidades unidas pela mesma história, do primeiro contato com os europeus até o intenso convívio com os não-indígenas de hoje. “Teko Haxy”, de Patrícia Ferreira (Pará YxaPy) e Sophia Pinheiro, apresenta a experiência do encontro entre duas mulheres que se filmam. O documentário experimental ancora-se na relação de duas artistas, uma cineasta indígena e uma artista visual e antropóloga não-indígena.

Pelo ciclo de autoria indígena, um filme ou seleção de filmes entra em cartaz na plataforma do Sesc Digital – Cinema #EmCasaComSesc e fica disponível ao público pelo período de 30 dias. São produções que ampliam olhares sobre a diversidade cultural, por meio de um cinema que se realiza nas e com as florestas, os cerrados, a natureza, o território, a cosmologia. Os trabalhos resultam de um intenso processo de apropriação tecnológica contemporânea a partir de matrizes culturais tradicionais que fazem do cinema um potente caminho para o fortalecimento cultural, fonte de expressão de diversas formas de ser e estar no mundo e de transmissão de saberes.

Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa

“Western Arabs”, de Omar Shargawi

De 7 a 13 de setembro, a plataforma exibe também um longa em parceria com a Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa. “Western Arabs”, de Omar Shargawi, é um documentário pessoal, baseado na experiência do próprio diretor, de sua família, amigos e conhecidos. Uma história universal de uma família que surgiu de um encontro cultural, como é o caso de milhares de famílias na Europa e no resto do mundo ocidental. Omar se sente culturalmente dividido entre sua mãe dinamarquesa e seu pai palestino. Em cenas documentais e ficcionais, ele explora a agressão latente de seu pai e seu impacto sobre sua própria identidade como pai. A classificação indicativa é de 16 anos.

46º Festival Sesc Melhores Filmes

E o 46º Festival Sesc Melhores Filmes continua. Para esta edição especial online, foi disponibilizado um recorte com alguns dos filmes mais votados pelo público e pela crítica que estariam na programação da edição presencial do Melhores. O público pode ver e rever gratuitamente filmes como o polonês “Guerra Fria”, de Paweł Pawlikowski, o dinamarquês “Rainha de Copas”, de May el-Toukhy, o sueco “Border”, de Ali Abbasi e “Cine São Paulo”, de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli. Os filmes ficam disponíveis na plataforma do Sesc Digital até 20 de setembro. Para assistir basta acessar sescsp.org.br/cinemaemcasa.

PROGRAMAÇÃO

#EmCasaComSesc

Estreias 03/09

STROMBOLI

(Dir.: Roberto Rossellini, Itália, 1950, 107 min, Ficção, 12 anos)

Karen é uma refugiada. Para conseguir permanecer na Itália, ela se casa com um marinheiro da ilha Stromboli, na Sicília. Pouco tempo depois, as diferentes mentalidades e o duro estilo de vida da ilha começam a prejudicar o casal. Odiada pelos moradores locais e praticamente indiferente ao marido, Karen foge e chega ao topo do vulcão, onde pede a Deus força para sobreviver.

AS MARAVILHAS

(Dir.: Alice Rohrwacher, Itália, Suíça, Alemanha, 2014, 111 min, Ficção, 12 anos)

“As Maravilhas”, de Alice Rohrwacher

Gelsomina é uma jovem moça que vive com seus pais e suas irmãs na região da Toscana, cercada por natureza. A serenidade e calma de seus dias parecem ser perturbadas com a chegada de Martin em sua vida.

AS DUAS IRENES

(Dir.: Fabio Meira, Brasil, 2017, 85 min, Ficção, 14 anos)

Irene, 13 anos, descobre que o pai tem uma segunda família e outra filha de sua mesma idade, também chamada Irene. Sem que ninguém saiba, ela se arrisca para conhecer a menina e acaba descobrindo uma Irene completamente diferente dela.

O CAVALINHO AZUL

(Dir.: Eduardo Escorel, Brasil, 1984, 80 min, Ficção, Livre)

“O Cavalinho Azul”, de Eduardo Escorel

Vicente tem um magro pangaré marrom, que aos seus olhos é um belo cavalo azul. Seus pais, pobres roceiros, passam por dificuldades e precisam vender o animal, para tristeza do menino. Determinado a não perder seu cavalo azul, Vicente embarca numa aventura para recuperá-lo. O filme é uma adaptação da peça homônima, escrita por Maria Clara Machado.

Curta-metragem

ANGELA

(Dir.: Marília Nogueira, Brasil, 2019, 15 min, ficção, 14 anos)

“Angela”, de Marília Nogueira

Angela vive sozinha e coleciona diagnósticos de doenças que nunca teve. Sua ficção segue imperturbável até a chegada de Sueli e o vislumbre de uma nova existência.

Ciclo de Autoria Indígena

DUAS ALDEIAS, UMA CAMINHADA

(Dir.: Coletivo de Cinema Mbya-Guarani – Ariel Ortega, Germano Benites, Jorge Morinico. Brasil, 2008, 63 min, Documentário, Livre)

Sem matas para caçar e sem terras para plantar, os Mbyá-Guarani dependem da venda do seu artesanato para sobreviver. Três jovens Guarani acompanham o dia-a-dia de duas comunidades unidas pela mesma história, do primeiro contato com os europeus até o intenso convívio com os não indígenas de hoje.

TEKO HAXY – SER IMPERFEITA

(Dir.: Patrícia Ferreira – Pará YxaPy – e Sophia Pinheiro, Brasil, 2019, 40 min, Documentário, Livre)

“Teko Haxy”, de Patrícia Ferreira (Pará YxaPy) e Sophia Pinheiro

A experiência do encontro entre duas mulheres que se filmam. O documentário experimental ancora-se na relação de duas artistas, uma cineasta indígena e uma artista visual e antropóloga não-indígena.

Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa

De 7 a 13/9

WESTERN ARABS

(Dir.: Omar Shargawi, Dinamarca, 2019, 77 min, Documentário, 16 anos)

Uma história histórica e pessoal, baseada na experiência do próprio diretor, família, amigos e conhecidos. Nós os seguimos e retratamos diferentes situações ao longo de suas vidas – o triste, o vil, o emocional e o cômico. Uma história universal de uma família que surgiu de um encontro cultural simultaneamente bonito e trágico; como é o caso em centenas de milhares de famílias na Europa e no resto do mundo ocidental. Omar sente-se culturalmente dividido entre sua mãe dinamarquesa e seu pai palestino. Em cenas documentais e ficcionais, ele explora a agressão latente de seu pai e seu impacto sobre sua própria identidade como pai.

46º Festival Sesc Melhores Filmes

20/8 a 20/9

Guerra Fria

(Dir.: Pawel Pawlikowski, Polônia, Reino Unido, França, 2018, 78 min, Ficção, 14 anos)

Durante a Guerra Fria entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 50, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível.

Rainha de Copas

(Dir.: May el-Toukhy, Dinamarca, Suécia, 2019, 128 min, Ficção, 18 anos)

Anne é uma advogada do direito das crianças e dos adolescentes. Acostumada a lidar com jovens complicados, ela não tem muitas dificuldades para estreitar laços com seu enteado Gustav, filho do primeiro casamento de seu marido Peter, que acaba de se mudar para sua casa. No entanto, a relação que deveria ser maternal se torna romântica, envolvendo Anna em uma situação complexa, arriscando a estabilidade tanto de sua vida pessoal quanto profissional.

Border

(Dir.: Ali Abbasi, Suécia, 2018, 108 min, Ficção, 16 anos)

Tina (Eva Melander) é uma policial que trabalha no aeroporto fiscalizando bagagens e passageiros. Depois de ser atingida por um raio na infância, ela desenvolveu uma espécie de sexto sentido, fazendo com que seja capaz de “ler as pessoas” apenas pelo o olhar. Isso sempre representou uma vantagem na sua profissão, mas tudo muda quando ela identifica um criminoso em potencial e não consegue achar provas para justificar sua intuição. Após o episódio, ela passa a questionar seu dom, ao mesmo tempo em que fica obcecada em descobrir qual o verdadeiro segredo de Vore (Eero Milonoff), seu único suspeito não legitimado.

Cine São Paulo

(Dir.: Ricardo Martensen, Felipe Tomazelli, Brasil, 2017, 77 min, Documentário, Livre)

Seu Chico cresceu brincando no cinema de seu pai, um majestoso prédio construído em 1910, na cidade de Dois Córregos. Uma vida que sempre girou em torno da telona, sua paixão. Interditado pela justiça por problemas de segurança, o local passa por uma complexa reforma para voltar a funcionar.

(Carta Campinas com informações de divulgação)