Dois integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em uma operação realizada pela Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Receita Federal. Eles são investigados pelo desvio de mais de R$ 400 milhões de empresas, segundo a polícia. De acordo com o MP, os presos são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
O MBL também teve quase 200 páginas excluídas do Facebook em 2018, em uma das primeiras ações da Rede Social contra a produção de notícias falsas. O grupo apoiou o ex-deputado Eduardo Cunha, que promoveu o golpe contra Dilma e está preso, apoiou Temer após o Golpe de 2016 e apoiou Bolsonaro até recentemente.
O MBL foi fundado em 2014 com o objetivo de criar mobilizações para o golpe contra a presidente Dilma Roussef. Assumindo-se como grupo de direita, o MBL tornou-se uma organização política com objetivo de eleger seus principais líderes. O mais conhecido deles, Kim Kataguiri, elegeu-se deputado federal. O grupo apoiou Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, mas rompeu com ele no fim de 2019.
São cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado. Um dos mandados de busca ocorre na sede do MBL.
A operação chamada de “Juno Moneta” faz referência ao antigo templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas. Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação. (Do 247/Carta Campinas)