O Facebook removeu, nesta quarta-feira (8), nada menos do que 88 contas e páginas ligadas ao clã Bolsonaro, a seus filhos, ao próprio presidente da República e pessoas ligadas ao PSL, partido ao qual Bolsonaro era ligado quando se elegeu.

(foto roberto jayme – ascom – tse)

As contas fariam parte do chamado gabinete do ódio, que utiliza robôs para distribuir notícias falsas. As fake news identificadas pelo Facebook servem tanto para espalhar conteúdo favorável ao governo Bolsonaro como para atacar opositores.

De acordo com o Facebook, as contas operavam desde as eleições de 2018. A ação da plataforma identificou e removeu 35 contas, 14 páginas e um grupo (de 350 pessoas), além de 38 contas no Instagram. Só no Facebook, havia 883 mil seguidores. Outras 917 mil seguiam as contas no Instagram. Foram gastos US$ 1.500 em anúncios por essas páginas, pagos em reais.

“Ainda que as pessoas por trás dessa atividade tentassem ocultar suas identidades e coordenação, nossa investigação encontrou ligações a pessoas associadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro”, disse Nathaniel Gleicher, diretor de Cibersegurança do Facebook, em documento divulgado pela rede.

“Mesmo com os responsáveis tentando se esconder, as investigações ligam as contas com funcionários nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e – quem diria – Jair Bolsonaro”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), no Twitter. “Comemoro que estejam fora do ar contas de criminosos. Fora com #FakeNews e robôs” afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS). (Rede Brasil Atual)