.Por Marcelo de Mattos.

Florestan Fernandes, nascido em São Paulo, em 20 de julho de 1920, faria 100 anos. Mestre da sociologia brasileira foi professor da USP, defendendo em 1951 na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a tese de doutoramento “A função social da guerra na sociedade tupinambá”, posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira.

(foto reprodução – siteracismoambiental)

Aposentado compulsoriamente pela ditadura militar em 1969, foi exilado, tornado-se Professor Visitante na Universidade de Columbia, professor titular na Universidade de Toronto e Professor Visitante da Universidade de Yale. A partir de 1978, professor na PUC de São Paulo. Foi Deputado Federal Constituinte em 1988. Faleceu em 31 de janeiro de 1995.  

A Sociologia brasileira tem uma expressão humanista e crítica inigualável, revelada pela forma de reflexão teórica e interpretativa na nossa realidade social inaugurada pelo mestre Florestan Fernandes.

A sua formulação analítica projeta uma nova interpretação do Brasil a partir de um modo inovador do pensamento acadêmico, revelando a formação, prosperidade, as lutas e possibilidades do povo brasileiro: a sua criação gestada nas lutas sociais de indígenas, portugueses, africanos, árabes, asiáticos, imigrantes europeus.

As suas obras notáveis e as contribuições intelectuais, marcam de maneira indelével a teoria e formação da sociologia brasileira. Como nos ensina o Mestre Antonio Cândido, Florestan Fernandes era um grande homem, ou seja, “aquele que descobre quais são as necessidades fundamentais do seu tempo e consagra a elas a sua vida”.

Marcelo de Mattos é servidor público