Internado com Covid-19 durante 62 dias em um hospital, na cidade de Issaquash no estado de Washington, nos Estados Unidos, o paciente Michael Flor quase morreu, mas conseguiu sobreviver e saiu com grande comemoração do hospital. Mas agora chegou a fatura: R$ 5,5 milhões (ou US $ 1,122 milhão em moeda norte-americana).

(foto wng – fp)

Sem SUS (Sistema Público de Saúde), as contas hospitalares nos EUA costumam endividar a pessoa para o resto da vida. Segundo reportagem de Dany Westneat, do Seatle Times, publicada nesta sexta-feira, 12 de junho, a conta do Swedish Medical Center parece um livro, pois tem 181 páginas.

O paciente Michael Flor se sente responsável pelo custo hospitalar. “Sinto-me culpado por sobreviver”, disse. Quando o paciente morre, o hospital pode não conseguir cobrar a dívida dos parentes.

A sorte de Flor é que existem regras financeiras excepcionais que se aplicam apenas ao COVID-19. O Congresso dos EUA reservou mais de US $ 100 bilhões para ajudar hospitais e companhias de seguros a arcar com os custos da pandemia.

O objetivo era incentivar as pessoas a procurar exames e tratamentos (incluindo aqueles sem seguro), visto que as pessoas evitam ir ao médico nos EUA.

Como resultado, Flor provavelmente não precisará pagar nem mesmo as cobranças diretas da apólice do Medicare Advantage, que poderiam chegar a R$ 30 mil.

Irônico, o repórter anota: “Ele e sua família e amigos ficam maravilhados com as despesas extremas e a economia bizarra da assistência médica americana”.

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