O governo federal suspendeu logo nos primeiros meses do governo Bolsonaro, exatamente no dia 15 de março de 2019, uma multa de R$ 27 milhões destinada a um consórcio de empresas que não finalizou uma série de serviços previstos pela Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência). A multa foi aplicada no governo Temer, em 2018, e perdoada nos primeiros meses do governo Bolsonaro. Uma das empresas membro do consórcio pertence à ex-esposa do advogado que escondeu Fabrício Queiroz em Atibaia. As informações foram publicadas pelo Uol.

Contratado em 2014 por R$ 17 milhões segundo o jornal O Globo, o consórcio tem como um de seus membros a Globalweb Outsourcing, cuja fundadora e presidente do conselho administrativo é Cristina Boner, ex-mulher de Frederick Wassef, advogado que trabalha para a família de Bolsonaro e que manteve Fabrício Queiroz em Atibaia.

O governo Bolsonaro também anunciou recentemente que não tem recursos para prolongar por mais três meses o pagamento de R$ 600,00 para que os brasileiros não passam fome e possam ficar em casa e evitar a pandemia de Covid-19.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo e do próprio caseiro da casa de Frederick Wassef, Queioz estava na casa de Atibaia há cerca de um ano. Ou seja, Queiroz pode ter ido para Atibaia entre junho e julho de 2019. No mês seguinte, em agosto de 2019, o governo Bolsonaro decreta sigilo das visitas no Palácio do Alvorada. Vale lembrar que o advogado Wassef se diz amigo da família Bolsonaro desde 2014.

Fabrício Querioz, que é velho amigo do Bolsonaro da época do Exército, foi preso dia 18 de junho numa ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).