Dois movimentos sociais, que unem direita, centro e esquerda, surgiram neste final de semana contra a escalada fascista e destruidora promovida pelo governo de Jair Bolsonaro, além de suas constantes ameaças contra a Democracia.

Eduardo Moreira (foto de vídeo – sindjor minas)

O movimento ‘Somos 70 porcento’ procura mostrar que os apoiadores de Bolsonaro são minoria. A tendência é que esse movimento passe a se chamar ‘Somos 80 porcento’ nos próximos meses. O movimento ‘Somos 70 porcento’ repercutiu após debate na internet entre o economista Eduardo Moreira com o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).

No Twitter, Eduardo Moreira anotou que “70% rejeitam aproximação ao Centrão (Datafolha); 70% acham Bolsonaro Péssimo/Ruim/Regular; 70% apoiam medidas de isolamento e mais de 70% sabem que a terra é redonda #Somos70porcento”, após pesquisa divulgada pelo DataFolha.

Outro movimento surgiu com um manifesto com o título “Estamos Justos” e foi lançado neste fim de semana com publicação nos principais jornais do país.

O documento reúne mais de 2000 signatários em defesa da vida, da liberdade e da democracia no Brasil, condenando o projeto autoritário e golpista de Jair Bolsonaro e família. O manifesto inclui artistas, políticos, músicos, jornalistas, esportistas, juristas e outros.

O “Estamos Juntos” abarca um amplo espectro político e ideológico e se inspira no movimento pelas “Diretas Já”, desde ex-apoiadores de da extrema-direita até pessoas de esquerda e centro. Entre os signatários estão nomes como Luciano Huck (apresentador de TV), Flávio Dino (governador do Maranhão), Fernando Haddad (candidato presidencial do PT em 2018), Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente), Fernanda Montenegro (atriz), Antonio Fagundes (ator), Marcos Nanini (ator), Paulo Coelho (escritor), Fernando Meirelles (cineasta), Oded Grajew (empresário), Luiza Erundina (deputada PSOL), Maria Alice Setúbal (educadora e acionista do Itaú), Cristovam Buarque – ex-senador (PPS), Jean Willys (ex-deputado Psol), Nelson Jobim (ex-presidente do STF), Celso Lafer (ex-ministro das Relações Exteriores do governo FHC), Tostão (ex-jogador de futebol e comentarista esportivo), Walter Casagrande (ex-jogador de futebol e comentarista esportivo), Vahan Agopyan (reitor da USP), Marcos Palmeira (ator), Eliane Brum (jornalista), João Paulo Capobianco (SOS Mata Atlântica), Frei Betto (escritor), Lobão (cantor e composiotor) -, entre outros.

O manifesto diz que “como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias (não só a família dos milicianos), o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia”.