.Por Susiana Drapeau.

Parece não haver dúvida de que as estratégias de Steve Bannon e da equipe de marketing da extrema-direita brasileira, que trabalha para o governo Bolsonaro, estão conseguindo usar a grande mídia, a mídia progressista, os influenciadores digitais e até a oposição para seus próprios interesses.

(imagens wikipedia – div – reprodução – arte)

É mais do que perceptível que há uma articulação orquestrada para que a cada dois ou três dias um ministro de Bolsonaro, ou um membro do segundo escalão do governo, solte uma frase com imbecilidades bem planejadas e das mais absurdas.

Quanto mais absurda a ideia, misturando religião, reacionarismo e cultura pop, melhor parece ser o resultado da estratégia. Então se mistura Beatles, demônio, Zumbi, maconha, calcinha, feminismo, rock etc etc etc.

A grande mídia, a mídia progressista, influenciadores digitais e a oposição fazem o papel de impulsionadores das mensagens imbecis. Todos publicam e republicam essas mensagens nas rede sociais na mídia com aquele aspecto de indignação. A oposição ao governo faz uma reclamação formal nas chamadas instituições da República e a carruagem da insanidade segue.

Com isso, a equipe que trabalha para a extrema-direita bolsonarista nem precisa usar recursos financeiros para promover um obscuro desconhecido ou mesmo para manter na mídia um ministro desqualificado e sem expressão. E mais, desvia a atenção das questões importantes para o país, dos erros e da incompetência política do governo.

Depois de um período, já dá para mapear até o pensamento que está por trás dessa estratégia de marketing. As frases são semelhantes e partem de uma lógica que se dissemina nas redes sociais: o absurdo e o politicamente incorreto juntos. Com certeza, há uma equipe trabalhando e fomentando essas informações.

Basta saber até quando a oposição e a mídia progressista vão ser ludibriados e também até quando o marketing escatológico do bolsonarismo vai funcionar.