O Relatório do Índice de Desenvolvimento Humano de 2019 (IDH – 2019) mostra que o Brasil patinou, melhorou apenas 0,001 ponto em relação ao ano anterior. Na América Latina, o Brasil ocupa a quarta posição, atrás do Chile, da Argentina e do Uruguai e empatado com a Colômbia. O país caiu uma posição por inércia, de 78º para 79º. Veja abaixo texto de Tereza Campello e Sandra Brandão e fuja das fake news:

O fakenews do governo Bolsonaro sobre o IDH

.Por Tereza Campello e Sandra Brandão.

O PNUD divulgou hoje relatório de Desenvolvimento Humano, como faz praticamente todos os anos, com dados sobre a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil.

(imagem tereza campello e sandra brandão – arte cc)

Os dados expõem não um ponto da conjuntura, mas séculos de desigualdade e exclusão: 1/3 da riqueza do país fica nas mãos dos 1% mais ricos. O Brasil é o segundo país mais desigual do mundo, depois do Catar (que tem uma população um pouco maior que a cidade de Brasília). Seria melhor já dizer de cara: o Brasil é o país mais desigual do mundo!

Qual seria a reação de um governo sério? Ajudar a explicitar as razões para este padrão de desigualdade secular, e apontar caminhos para construir soluções para superá-los.

Mas são óbvios: segundo a casa Civil, os resultados apontam para a “hipocrisia do discurso petista de atenção aos necessitados e a ineficiência das políticas petistas de combate à desigualdade”.

Contra a verborragia, vamos aos números do PNUD. No período do PT, o IDH vinha crescendo de forma praticamente contínua, como resultado das políticas de combate à pobreza e inclusão. O golpe interrompeu a tendência.

O legado do PT está neste gráfico, para quem quiser ver. (Veja gráfico acima)

Os cortes nos gastos em saúde e educação estabelecidos pela PEC do fim do mundo, a precarização do trabalho e a redução dos direitos previdenciários só tendem a piorar as perspectivas para o próximo período. (publicado no GGN)