Em São Paulo – Até o dia 12 de abril de 2020, pode ser vista no Sesc Ipiranga a exposição “O Pasquim 50 anos”.

(Foto: Divulgação)

Com curadoria de Zélio Alves Pinto e Fernando Coelho dos Santos, e expografia de Daniela Thomas, a exposição celebra os 50 anos da primeira edição do Pasquim, periódico que marcou o jornalismo brasileiro por seu humor, liberdade, irreverência e criatividade. A publicação se tornou símbolo do “jornalismo alternativo” durante a Ditadura Militar brasileira (1964-1985).

A exposição ocupa diversos espaços da Unidade.

Na área de convivência, a intervenção “O Som do Pasquim” leva discos de vinil lançados ao longo da história do jornal.

Com fones de ouvidos e banquinhos, o público pode escutar obras como a primeira gravação de “Águas de Março”, de Tom Jobim, ou Caetano Veloso lançando Fagner e até mesmo Jorge Ben e Trio Mocotó com participação de Leila Diniz.

Na mostra “O Pasquim 50 anos“, o público ainda poderá ouvir o LP “Anedotas do Pasquim” com piadas contadas por Ziraldo, Chico Anisio, Golias e Zé Vasconcelos.

No mesmo espaço musical, uma linha do tempo apresenta 50 capas e textos complementares, que proporcionam uma viagem pelo tempo entre 1969 e 1991, ano da última publicação do jornal.

Nas paredes do solário, no quintal da unidade, frases lema que foram publicadas em todas edições, entre elas “Pasquim, um jornal a favor do contra” e “Na terra de cego quem lê Pasquim é rei” fazem parte da exposição.

Estruturas giratórias que apresentam quadrinhos de diferentes artistas também são destaque. Cerca de 12 produções inéditas trazem histórias da patota contadas por artistas como Paulo Caruso, Luiz Gê, Miguel Paiva e Pryscila Vieira.

Em uma mesa-vitrine do galpão, o público pode conferir fotos, livros e revistas selecionados pela curadoria, além de poder ouvir histórias dos colaboradores em um telefone e redigir suas ideias em uma máquina de escrever.

Totens em tamanho real espalhados na área principal apresentam nomes como Millôr, Chico Buarque, Caetano Veloso, Vinicius de Moraes, Jô Soares e Elke Maravilha.

Outras duas salas da exposição brincam com as diferentes formas que os redatores trabalhavam as temáticas da época.

Na sala Pasquim Ativista, cartazes e placas com frases cobrem as paredes e rememoram o comprometimento do semanário com assuntos como a sustentabilidade, anistia e as Diretas Já!

O segundo espaço, chamado Pasquim Incorreto, é composto por módulos que lembram monóculos e traz recortes de diversos conteúdos que fizeram parte da publicação.

A entrada é gratuita.

A ação educativa da exposição faz atendimentos espontâneos e agendados e propõe oficinas para o público. Para agendamento: [email protected] (Carta Campinas com informações de divulgação)