(pxhere.com – pd)

.Por Luís Fernando Praga.

Eu ia propor que todas as mídias alternativas de esquerda se unissem a sindicatos, partidos e movimentos sociais a fim de conclamar o povo às ruas, para uma greve geral, até que fossem atendidas as seguintes reivindicações: #LulaLivre, anulação do processo eleitoral de 2018, eleições diretas já, retratação de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e retratação da rede globo, só pra começar…

Mas iriam me achar radical demais…

Bem, seríamos eu, meus amigos de verdade, o Blog da Cidadania, a Rede TVT, a Rede Brasil 247, o GGN, o Knockout, o Barão de Itararé, a CUT e outras centrais sindicais adeptas à causa, o MTST, o MST, a Vigília Lula Livre, o Acampamento Marisa Letícia, a Pastoral da Terra, o Instituto Lula, as O.N.Gs. ambientais, o coletivo Democracia Corintiana, os Juristas e Jornalistas pela Democracia e tantos outro coletivos afins, além de todos os partidos políticos realmente dispostos a abraçar o povo! Tenho a certeza de que me esqueci de vários e importantes aliados nessa luta, mas precisamos de todos!!!

Esqueceríamos as diferenças e focaríamos no que já temos em comum, não nos obrigaríamos a mudar a cabeça de ninguém, mas formaríamos um bloco coeso, definiríamos a data, dominaríamos as ruas, pararíamos o País e enfrentaríamos qualquer vilania com a coragem que o idealismo nos deu e com a força de quem defende a verdade!

A mídia alternativa, unida numa só voz, em favor da veracidade dos fatos, colocaria à prova sua capacidade de mobilizar seres humanos conscientes e se mobilizaria para enfrentar o poder alienante da mídia tradicional Brasileira.

Radical demais?

É imprescindível a percepção de que a elite e as altas esferas do poder sentem medo e aversão da reação popular, e é essencial a visão de que a mídia convencional foi quem promoveu, pouco importa a mando de quem, a revolta contra Dilma Roussef, Lula e toda a esquerda brasileira, através de mentiras e calúnias sórdidas, visando os interesses mais espúrios!

Devemos enxergar que o resultado das odiosas manifestações pró impeachment, fomentadas pela mídia golpista, foi o caos social, foi Jair Bolsonaro na presidência, foi a proteção do tucanato, entre outros políticos corruptos, foi o desmanche do País, foi o extermínio de direitos adquiridos e foram os ministros mais desqualificados de nossa História.

Essa mídia não pode se fazer de “boazinha”, muito menos de vítima. Ela é inimiga do povo e do progresso! É a arma golpista de destruição em massa, que, mesmo quando se cala, segue, manipuladora, em sua saga destrutiva.

São necessárias ações emergenciais e uma alternativa urgente de agregação popular em torno do benefício social e de nossa proteção contra todo esse esquema, que traveste carrascos de “santinhos”, traveste mercenários de juízes e traveste assassinos de governantes.

Radical demais? Em que mundo nós vivemos?

É radical demais convocar uma greve, mas não é nada radical o governador do estado com maior potencial turístico do Brasil incitando a polícia a “atirar na cabecinha”? E ele próprio, atirando no povo do alto de um helicóptero? Tudo bem? Vamos deixando?

É radical demais exigirmos a soltura de um inocente, mas não é nada radical um juiz se aliar a acusação para manipular o processo, forjar provas, pressionar delatores e ameaçar ministros do STF? Vamos deixando? E como seguirá a justiça daqui pra frente?

É radical demais nos amotinarmos contra uma mega corporação capitalista do setor das comunicações que manda e desmanda no Brasil desde os prenúncios do golpe de 64, mas não é nada radical que essa corporação minta para o povo e omita as verdades mais devastadoras de nosso tempos? É correto com a nossa consciência nos omitirmos?

É radical demais exigir uma transformação imediata nisso, que se tornou uma distopia contemporânea, que empobrece a nossa Natureza, nossa soberania e a alma de nosso povo, mas não é nada radical a disseminação do ódio e da ignorância em nossas escolas e nas igrejas, em escala galopante, promovida pelos “valores” golpistas? Como serão nossas crianças daqui 4 anos se nada mudar?

Ah, tem tanto mais; mas, sem mais… Isso já é mais que o bastante para que a gente sinta vergonha de nossa inação, de nossa desunião e de nossa submissão aos senhores do dinheiro, da guerra, do ódio e da “ignorantização” humana.

Eu não tenho dúvidas de que, aquele que, hoje, em 2019, me rotula de “radical demais”, ou é alguém comprado pra me chamar de radical, ou um completo alienado (escolas de alienação não faltam, plim plim, ALELUIA SENHOR!), ou um vivente vergonhosamente acovardado, ou um pastor bilionário, ou um político golpista, ou faz parte das organizações globo, ou é uma “experiência” bem sucedida de Steve Bannon ou alguém rico o bastante para comprar um sistema judiciário.

Seja qual for o caso, um povo que se diz povo não pode se acovardar diante de nenhum de vocês, estorvos da História!

A ideia está lançada! Eu não aguento mais esperar sem fazer nada que se mostre realmente impactante! Cada segundo de espera não é simplesmente espera: é destruição; é retrocesso!

Eu vivo no caótico Brasil do pós GOLPE de ESTADO de 2016, mas é num Brasil diferente que eu quero morrer! Quero morrer pelo meu amor à vida, e não de ódio! Quero morrer defendendo a esperança que me faz viver, que me movimenta e que me faz enxergar um futuro melhor (e, depois, um futuro muito lindo!) para o mundo!

Espalhem a ideia e não soltem da mão de ninguém que tenha a coragem de ser “radical demais” num momento como esse!

E vamos marcar a data!