(foto marcelo casal jr – ag brasil)

.Por Eduardo de Paula Barreto.

Surgiram das pelancas muito flácidas
De um corpo exótico claro e aviltante,
No rol da imoralidade, vários súditos,
Com o véu da falácia dos governantes.
.
E no horror da desigualdade
Nos unimos para evitar a morte,
Sem outros meios, ó criatividade,
A gente cria do nosso jeito a nossa sorte.
.
Ó sátira da Esplanada,
Oficializada,
Alguém nos salve!
.
Partiu-se o sonho inteiro do sofrido
Povo cuja esperança desaparece
E percebeu-se ir pro beleléu o sonho íntimo
De ver um brasileiro que o voto merece.
.
No instante em que a sórdida malvadeza
Do reles, torpe e inválido moço
Que venceu o pleito na safadeza….
.
Mas que roubada,
Nunca se viu
Roubarem tanto no Brasil,
Ó sátira da Esplanada.
.
A esses filhos tortos
Que esta terra pariu
Ofereço uma bala
De fuzil.
.