.Por Susiana Drapeau.

As ações ilegais da Operação Lava Jato, reveladas pelo The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de mídia, é mais um indicativo de que o sistema eleitoral e a urna eletrônica brasileira são seguros.

(fotos marcos correa e valter campanato – pr e ag brasil)

Para conseguir burlar as eleições, ainda que esse não tenha sido o único benefício aos articuladores da Lava Jato revelado pelos vazamentos, foi preciso montar uma mega operação policial e judicial de vários anos, envolvendo inúmeros agentes e ainda contar com a assessoria acrítica do jornalismo da grande mídia. E mesmo assim, ainda ter ameaças de militares de que iriam dar um golpe na democracia brasileira.

Se pensar bem, seria muito mais simples burlar a urna eletrônica e eleger um representante do interesse dos defensores da Lava Jato. Nesse caso, não precisaria nem burlar um processo judicial, envolver vários juízes e promotores. E, ainda por cima, poderia eleger um representante bem melhor do que o Bolsonaro.

Bolsonaro também pode ser considerado um efeito colateral da fraude eleitoral. A eleição de Bolsonaro indica que o sistema eleitoral brasileiro é bastante confiável. Ele foi eleito mesmo não sendo o candidato ideal dos interesses por trás da Lava Jato, ainda que ele servisse ao propósito de excluir o ex-presidente Lula ou um representante do PT.

Ninguém acreditava que Bolsonaro poderia ser eleito, muito menos os grandes articuladores da Lava Jato (Petroleiras e capital internacional, grande mídia brasileira, setores reacionários do Judiciário e do MPF etc).

Esse é o lado menos ruim da tragédia eleitoral brasileira. A urna eletrônica parece mesmo segura.