No próximo dia 13 de julho, a partir das 12h, na Casa de Cultura Fazenda Roseira, acontece no 16º Arraial Afro Julino do Jongo Dito Ribeiro.

(Foto: Fabiana Ribeiro)

O Arraial Afro-Julino da Comunidade Jongo Dito Ribeiro é a maior festa organizada pela sociedade civil em Campinas e região, com a participação de cerca de 5000 pessoas. É uma festa julina de culturas afro-brasileiras, anual, que ocorre sempre no segundo sábado do mês de Julho.

O 16º Arraial Afro Julino é Patrimônio Cultural Imaterial de Campinas, é evento do calendário oficial turístico do Estado de São Paulo, evento oficial no calendário da cidade e abre as comemorações de aniversário de Campinas-SP. São 16 anos de trabalho e salvaguarda da nossa cultura ancestral, o jongo.

A festa iniciará 12h do dia 13 de Julho (Sábado) e encerrará às 00h, começando tradicionalmente com o terço a São Benedito às 12h, seguindo de apresentações culturais e artísticas de grupos parceiros de diversas localidades do estado de São Paulo, do segmento afro, além da disposição de barracas de comidas típicas da culinária afro, pratos julinos, vestuários e artesanato.

A Festa acontece na sede da comunidade Jongo Dito Ribeiro – Casa de Cultura Fazenda Roseira, instalada em uma antiga fazenda, na cidade de Campinas/SP. A entrada é 1kg de alimento não-perecível + R$ 10,00 reais. Os alimentos serão doados para o Banco de Alimentos da Prefeitura Municipal de Campinas.

Toda a elaboração, desenvolvimento, divulgação e organização do Arraial é realizado pela própria comunidade jongueira, unindo gerações, amigos, parceiros e familiares no maior evento realizado pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro desde 2003 na cidade de Campinas.

Programação

No porão, Dj Barata recebe das 14h às 00h

Dj Raquel Ruff
Dj K-Mina
Dj Raiz NegaLivre
Dj Flávio Rude
Dj Esquina 
Dj Binho
Dj JP 
Dj Chakal

Programação Geral da festa

12h Terço de São Benedito 
14h30 Aulão de Percussão com Bianca Lúcia – Campinas SP
15h00 Côco do Yiawarete – Campinas SP
16h00 Roda de Conversa e Lançamento do Livro ” Inovação Ancestral de Mulheres Negras – Táticas e políticas do cotidiano – Organizado por Bianca Santana” (venda no local)
17h Bateria Alcalina – Campinas SP
18h Forró Três de Paus – Piracicaba SP
19h Jongo do Tamandaré – Guaratinguetá 
20h Batuque de Umbigada – Piracicaba SP
21h00 RAP Paulo Microfonia (No Porão) – Campinas SP
22h00 Pitaias – São Paulo 
23h00 Comunidade Jongo Dito Ribeiro – Campinas SP

Terço de São Benedito: O terço é uma das formas com que agradecemos a São Benedito por sua proteção à Comunidade Jongo Dito Ribeiro, esse ano será feito coletivamente por várias pastorais da RMC de Campinas.

Aulão de Percussão com Bianca Lúcia – Campinas SP: É a jovem responsável pela transmissão de saberes dos toques jongueiros, tendo como orientador e Ogã Mestre Dudu que é o mestre dos toques dos tambores dentro da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, bisneta do jongueiro Dito Ribeiro. Na comunidade, desde pequena demonstrou habilidade e interesse pela percussão e recebeu por essa habilidade a benção dos Orixás para ser curimbeira no Terreiro de Umbanda Mãe joana Três Estrelas, como também a mais experiente tocadora de tambú na Comunidade Jongo Dito Ribeiro, fato que lhe trouxe grandes desafios e enfrentamentos entre a tradição machista e as habilidades percussivas.

Côco do Yiawarete – Campinas SP: O Coco do Yiawarete é um grupo artístico de pesquisa e prática do” Coco de Roda” ou “Samba de Coco”.

O Coco é uma Tradição Afro brasileira muito praticada no nordeste brasileiro, fortemente ligado às questões identitárias de comunidades tradicionais tanto no meio rural quanto urbano. Tem se feito presente no sudeste devido ao forte fluxo migratório. Trata se de um folguedo popular, cuja brincadeira envolve música tocada por canto e percussão onde os participantes dançam em roda.

“Nossa pesquisa consiste em identificar, conhecer e estudar os cantos, a forma de cantar, os toques e técnicas, assim como as danças de diversos tipos de Coco de diferentes comunidades. A partir desse material desenvolvemos um repertório artístico e lúdico, que busca através do canto e da dança sensibilizar o público para questões da diversidade cultural brasileira, assim como o combate à xenofobia e ao racismo. Além da coletânia tradicional também faz parte do repertório cocos de autoria do grupo”.

Roda de Conversa e Lançamento do Livro ” Inovação Ancestral de Mulheres Negras – Táticas e políticas do cotidiano – Organizado por Bianca Santana” (venda no local): Em seu trabalho como jornalista e escritora, Bianca Santana vem se empenhando (e se especializando) em promover espaços de expressão e escuta de vozes pouco notadas, por vezes muito silenciadas. Essa prática amplifica tecnologias criadas por mulheres anônimas e outras conhecidas para enfrentar e se sobrepor ao racismo estrutural e cotidiano na busca de uma existência humana plena.

Bateria Alcalina – Campinas SP: A Bateria Alcalina surge em junho de 2003 no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, a partir da vontade de fazer batucada. Um grupo de amigos – estudantes da Unicamp e artistas de Campinas e São Paulo – se juntou para tocar samba e outros ritmos adaptados para a formação de batucada de escola de samba. Surgida como uma bateria universitária, logo a Alcalina mostrou sua peculiaridade e se tornou um grupo cultural de Campinas, extrapolando o âmbito da Universidade. O grupo já se apresentou em diversas ocasiões e situações, desde manifestações políticas até festas. A bateria faz parte do Bloco Cultural União Altaneira e desfila no carnaval de rua do distrito de Barão Geraldo.

Forró Três de Paus – Piracicaba SP: Com o objetivo de resgatar e valorizar os ícones da cultura popular brasileira em Piracicaba, principalmente o forró pé de serra, o grupo 3 de Paus é formado pelos músicos Tony Azevedo (voz, triângulo e pandeiro), Welister Barbosa (voz e zabumba), Romulo Querubin (voz e sanfona). O grupo apresenta músicas autorais, como Acorda Povo (arrasta-pé), Botão de Laranjeira (xote), Fazenda da Roseira (coco), Três Marias e Mar de Estrelas (cirandas) e de domínio publico a partir de canções de Luiz Gonzaga, Jacson do Pandeiro, Jacinto Silva, Geraldo Azevedo, Chico Cesar, Alceu Valença, Maciel Melo, Silverio Pessoa.

Jongo do Tamandaré – Guaratinguetá: O Jongo da saudosa tia Mazé, com existência no bairro do Tamandaré em Guaratinguetá há mais de 100 anos, e que há cerca de 16 anos apadrinhou a Comunidade Jongo Dito Ribeiro e a ensinou a pisar na tradição e reconhecer suas origens. É a comunidade jongueira mais antiga do estado de São Paulo e uma referência para todos os jongueiros do Brasil.

Batuque de Umbigada – Piracicaba SP: Batuque de Umbigada, manifestação também conhecida como Tambu, é uma tradição cultural afro-brasileira de origem bantu que nasceu no período escravista. Foi gestada no Estado de São Paulo, na região do oeste paulista, e mantém-se vivo e pulsante principalmente nas cidades de Tietê, Piracicaba e Capivari. A festa do batuque, maneira como são denominados os encontros, é a festa da vida, a celebração dos encontros e a reunião dos cumbas, os mestres e mestras da palavra, que reorganizam a sociedade em comunidade contribuindo para uma imersão que inspira a comunhão entre as pessoas numa relação de horizontalidade. O Grupo Batuque de Umbigada, de Tietê, Piracicaba e Capivari, é considerado herdeiro legítimo desta tradição.

RAP Paulo Microfonia (No Porão) – Campinas SP: Paulo Microfonia aborda em suas composições temas relacionados a problemas sociais e familiares, mas também trata de assuntos ‘externos’ como a noite, o amor e a amizade. A maioria das situações expressadas nas canções fez – e faz – parte do cotidiano dele. Dessa forma, o EP sintetiza a realidade do artista. O título reflete as experiências vividas por Paulo Microfonia nos últimos três anos, um período, segundo ele, de “muito aprendizado, alegrias, tristezas e mudanças que, na maioria das vezes, vieram de algo inesperado”. “Eu passei por momentos de transição nestes últimos anos. O que o nome Mudanças, Novidades, Surpresas: Possibilidades representa as transformações que ocorreram na minha vida”, diz ele. “Tem um conceito. É legal falar de festa, mas é importante a gente trazer para a discussão vários temas que envolvem o nosso dia-dia. Quero fazer as pessoas pensarem, trazer para um ambiente de discussão que possa agregar”.

Pitaias – São Paulo:  Pitaias, independente, composta por seis mulheres de perfis diferentes e trajetórias diversas, a banda se uniu pelo amor e afeto à música e com o objetivo permanente de fortalecer o trabalho feminino em diferentes espaços protagonizados, muitas vezes, pelos homens.

Comunidade Jongo Dito Ribeiro – Campinas SP: A Comunidade Jongo Dito Ribeiro é um grupo de pessoas que reconstituem e vivem a cultura do jongo através da memória que se tem de Benedito Ribeiro. Benedito Ribeiro foi festeiro de São João e devoto de São Benedito. Nascido no ano de 1905 em Caldas – Minas Gerais, em 1932, já casado com a campineira Benedita Neves Baltazar, foi para a cidade de Campinas/SP, onde manteve a tradição recebida de seus pais, realizando rodas de jongo quando reunia os amigos.
Em sua homenagem foi batizada a Comunidade Jongo Dito Ribeiro, que, sob liderança de Alessandra Ribeiro, neta de Dito Ribeiro, realiza seus trabalhos de reconstituição e composição voltados ao jongo, com a perspectiva de manter viva a chama de sua descendência, com base nessa importante manifestação da cultura popular afro-brasileira, elemento de identidade, resistência e união para a Comunidade.

Evento: https://www.facebook.com/events/603355983408382/

Blog Comunidade Jongo Dito Ribeiro: https://comunidadejongoditoribeiro.wordpress.com

Blog Centro de Referência – Jongo Dito Ribeiro: http://crjongoditoribeiro.org.br/

Blog Fazenda Roseira: http://www.fazendaroseira.blogspot.com.br/

Dia: 13/07/2019

Local: R. Domingos Haddad, 1 – Residencial Parque da Fazenda, Campinas – SP, 13060-563

Horário: 12h às 00h

(Carta Campinas com informações de divulgação)