(foto gallila – pl)

Após seis anos de prejuízos, a empresa de armas Taurus, uma das maiores do Brasil, registrou lucro no primeiro trimestre de 2019, com receita operacional líquida de R$ 252 milhões e lucro líquido de R$ 4 milhões. O saldo positivo da indústria coincide com a chegada ao poder do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL). As informações constam de comunicado da própria empresa.

Mas não é só isso, a empresa prevê que após a liberação de armas que está sendo promovida por Bolsonaro, haverá um “potencial explosivo de R$ 12 bilhões” (SIC).

“Os decretos do presidente Jair Bolsonaro, que flexibilizam radicalmente (SIC) as regras para o registro, aquisição e porte de armas, poderão se constituir em um divisor de águas para a Taurus, pois a nova norma possibilitará à empresa expandir exponencialmente as vendas no Brasil. Vale lembrar que, atualmente, apenas 15% de toda a produção de armas da companhia é destinada ao mercado nacional e que a demanda reprimida é enorme”, anotou em comunicado.

Segundo a empresa, estudos feitos por lobistas do setor (SIC) indicam que até 6 milhões de brasileiros – caçadores, atiradores, colecionadores e cidadãos de bem (SIC) estariam dispostos a adquirir uma ou mais armas.

“É um mercado com potencial explosivo que pode render R$ 12 bilhões e representa aumento de 10 vezes em relação ao total de armas oficialmente legalizadas por cidadãos no Brasil”, anotaram.

Apesar das derrotas de Bolsonaro no Congresso Nacional com o decreto das armas, a empresa está animada para armar a população. “Os sucessos e insucessos políticos, acontecidos desde a publicação da primeira edição do “Decreto das Armas” em janeiro, tornam possível verificar que a resistência de diversos senadores e deputados às novas normas estão mais na forma com que estas foram “impostas” e em alegadas irregularidades legais, do que na maior parte do conteúdo em si”, anota a empresa.

Segundo a Taurus, as resistências podem ser contornadas “mediante uma ação política inteligente, coordenada e abrangente por parte do Governo e dos congressistas aliados, especialmente se os novos Decretos forem transformados em Projeto de Lei (PL)”.