A Suíça, um dos países mais desenvolvidos do mundo, 13º no ranking de desenvolvimento humano e com apenas 1% de analfabetismo, faz neste domingo, 19, um referendo para proibir certos tipos de armas e controlar o uso.

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Enquetes recentes mostraram que muito mais mulheres do que homens são por controles mais rigorosos. A parlamentar social-democrata Seiler Graf atribui isso aos casos de violência doméstica e ao fato de que elas são as vítimas mais prováveis de ameaças armadas. “Também acho que mentalidade de ‘defenda o seu território’, de que todo mundo tem o direito de se defender com uma arma, agrada muito menos às mulheres do que aos homens.”

Para ela, restringir a disponibilidade de armas salva vidas. Apesar dos níveis relativamente baixos de violência armada, “cada pessoa morta por um rifle militar é demais”.

A votação definirá se o país deve ou não reformar suas leis relativas a armas, a fim de adaptá-las à emendas da diretriz armamentista da União Europeia (UE). Embora não integre o bloco, se o resultado for negativo a Suíça arrisca ser excluída do Espaço de Schengen – o sistema europeu de fronteiras abertas –, assim como do Tratado de Dublin, referente ao tratamento dado às solicitações de asilo e refúgio.

Segundo a nova legislação, ficam banidos certos tipos de semiautomáticas. A Suíça conseguiu isenção para os atiradores esportivos e os que mantiveram seus rifles do serviço militar. Esses devem obter licenças especiais e provar que são filiados a um clube de tiro ou praticam regularmente.

O governo suíço e a maioria dos partidos no Parlamento são fortemente a favor de reformar as leis armamentistas, ressaltando que a UE estará menos inclinada a fazer uma exceção para a Suíça em meio aos tumultos do Brexit. (Carta Campinas com informações da Deutsche Welle)