Um dos sete policiais militares presos nesta quarta-feira (29/05) por integrarem uma milícia com atuação na região do Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito Federal, é tio da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, relata o blog cbpoder do Correio Brasiliense.

(foto fabio pozzebom – ag brasil)

O 1º sargento João Batista Firmo Ferreira foi um dos alvos da Operação Horus, que investiga PMs por crimes de loteamento irregular do solo, extorsão e até homicídio, relacionados à grilagem de terras. O militar reformado é irmão de Maria das Graças, mãe de Michelle. A família da primeira-dama mora na região do Sol Nascente.

A Operação Horus foi comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco/MPDFT) nesta quarta-feira, 29 de maio.

O MP visava para desarticular organização criminosa formada por militares que grilava terras em Ceilândia. Foram cumpridos 7 prisões e 11 mandados de busca e apreensão contra policiais militares do DF.

A ação foi realizada em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária da Polícia Civil do Distrito Federal (Cecor/PCDF) e a Auditoria Militar do Distrito Federal.

As investigações iniciaram em 2011 e identificaram que um grupo criminoso atuava no parcelamento irregular de solo urbano do Condomínio Sol Nascente desde o início da ocupação. Eles foram responsáveis pelo surgimento de dezenas de loteamentos ilegais na região.

Segundo investigadores, uma parte do grupo de criminosos atua como braço armado dos grileiros e comete uma série de delitos, como ameaças e homicídios, e seriam auxiliados por policiais militares responsáveis por proteger e dar suporte a esses criminosos, bem como por comercializar parte dos terrenos.

As investigações se basearam, ainda, em informações contidas em Inquérito Policial Militar instaurado pelo Departamento de Controle e Correição da PMDF para apurar os mesmos fatos. O Gaeco já havia denunciado, no ano passado, os policiais pelo crime de organização criminosa.

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal, em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária da Polícia Civil DF e com a Corregedoria Militar do Distrito Federal.

Os sete sargentos presos são lotados ou já atuaram no 8º e no 10º Batalhão da Polícia Militar, unidades responsáveis pelo policiamento ostensivo na região do Sol Nascente. (Com informações de divulgação do MP)