(imagem: netcolon cc)

.Por Eduardo de Paula Barreto.

O Tio Sam é um vampiro vil
Que quer sugar o sangue da terra
Que corre nas veias do Brasil
E nas veias da Venezuela
E para saciar a sua fome
Ele finge que dorme
Numa urna secreta
Enquanto passa os seus dias
Buscando por outras iguarias
Para variar a dieta.
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Ele só fica satisfeito
Quando vê a mesa repleta
De minérios cujos rejeitos
Formam rios de lama infecta
Que cobrem campos e cidades
Transformando casas em lápides
De improvisados cemitérios
Onde jazem corpos esquecidos
Enquanto nos Estados Unidos
Fartam-se com nossos minérios.
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O Tio Sam abraça e beija
Quem governa com subserviência
E lhe entrega de bandeja
A soberania e a independência
Mas trata como terroristas
Como ditadores e comunistas
Os líderes que o refutam
Porque vampiros são mesmo assim
Só sugam o sangue até o fim
Dos pescoços que se curvam.
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