Há oito meses, a organização Scholars at Risk, ou Acadêmicos em Risco, em português, tem sido procurada por professores brasileiros que se sentem inseguros no país, relata reportagem de Natalia Viana, da Agência Pública. Até o ano passado, apenas um brasileiro tinha contatado a organização. Agora, já são 18. A procura de brasileiro coincide com o crescimento de movimentos fascistas e fundamentalistas.

(imagem scholars at risk)

Sediada nos Estados Unidos, a organização é uma rede de instituições de ensino superior que promove a liberdade acadêmica, ajudando pesquisadores e professores ameaçados de morte a sair de seus países por um tempo. A rede é formada por 520 universidades, como a Universidade de Washington, nos EUA, a Universidade do Chile e a City University, em Londres, no Reino Unido. Veja link da entidade.

“Devido à mudança significativa para a direita na atmosfera sociopolítica no Brasil que levou à eleição de Bolsonaro, os candidatos do Brasil relatam instabilidade, medo de serem detidos ou presos, assédio e medo de serem mortos ou desaparecerem (…) As mudança na narrativa política e cultural no país fez muitos acadêmicos decidiram deixar o Brasil para continuar o seu trabalho fora do país por medo”, afirma Madochée Bozier, assistente do programa de proteção a professores universitários, em entrevista à Pública. O movimento fascista e fundamentalista ‘Escola Sem Partido’ é um dos responsáveis por promover a perseguição aos professores.

Os países de onde chegam mais pedidos para a organização são Turquia, Síria, Iraque, Irã e Iêmen. Até o ano passado, havíamos recebido apenas um candidato a assistência de um acadêmico brasileiro. Desde julho de 2018, tem havido um crescente e constante aumento em candidaturas de professores e universitários brasileiros, tanto dentro como fora do país. Hoje já são 18. Neste momento, não estamos prestando assistência a nenhum acadêmico do Brasil.

Veja texto completo na Agência Pública.