.Por Eduardo de Paula Barreto.

Devo estar dormindo
Sofro por não sabê-lo
Porque o que tenho vivido
Só pode ser pesadelo
Não consigo acreditar
Que foram capazes de trocar
A Democracia de poucos anos
Por um governo antipatriota
Que marcha com suas botas
Na cadência dos milicianos.
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Desse sono não consigo acordar
Embora estejam se esforçando
Até água fria vieram me jogar
Mas o sono vai se aprofundando
Então me jogam baldes de lama
E baldes de sangue derramam
Sobre o meu rosto tristonho
Jogam baldes de retrocesso
E eu implorando peço
Que me acordem do sonho.
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Torna-se nefasto o meu quarto
Porque as negativas energias
Despertam ódio entre os Astros
E a terrível noite não vira dia
Então ouço gritos sem voz
E percebo que não estou só
Na letargia da minha cama
E vejo milhões de brasileiros
Que sobre seus travesseiros
Jazem em estado de coma.
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30/01/2019
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