A empresa Muda Meu Mundo, criada por duas irmãs, tem um nome sugestivo para o Brasil atual que promete liberar mais agrotóxicos para uso na produção de alimentos.

(imagem: divulgação)

Priscilla Veras e sua irmã Deborah Veras mudaram de vida ao criar um negócio social a favor da natureza e do pequeno agricultor. Antes da criação da empresa, Priscilla era pedagoga e Deborah, secretária-executiva. Agora estão ajudando mais de 200 famílias de agricultores a ter renda e levar alimentos orgânicos para as mesas de famílias cearense.

A empresa Muda Meu Mundo capacita produtores, transporta as verduras para a cidade e comercializa os produtos. Em 2017, elas receberam o Prêmio Incluir, promovido pelo Sebrae e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), além de outras premiações. A Muda Meu Mundo se enquadra no segundo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Priscilla trabalhava em uma organização não governamental ligada às crianças e adolescentes quando percebeu que a qualidade nutricional deles não era boa. A partir daí, a pedagoga se juntou à Deborah para criar a empresa, em 2016. O objetivo era ter um negócio que, ao mesmo tempo, gera renda, mas também promove o bem-estar das pessoas, levando alimentos saudáveis do campo para as cidades. Além disso, as irmãs também viram no empreendimento a chance de beneficiar os produtores rurais, uma categoria que estava cada vez mais em extinção pelos arredores de várias cidades do Ceará.

“A Muda Meu Mundo comercializa nas feiras uma alimentação livre de agrotóxicos e, para que isso aconteça, capacitamos agricultores familiares para produzirem alimentos orgânicos”, explica Priscilla. Segundo ela, toda a produção é acompanhada pelas duas irmãs até chegar às feiras de Fortaleza e de outras cidades cearenses.

“Isso tem um impacto na comunidade e em todas as cidades próximas, inclusive, em Fortaleza”, ressalta Priscilla. Segundo ela, hoje são cinco localidades em que o projeto está sendo desenvolvido e onde os agricultores voltaram a plantar. “Antes não compensava para eles pois não recebiam o preço justo”, acrescenta.

Hoje, toda a produção adquirida do campo passa por uma certificação antes de chegar ao consumidor. Isso implica, entre outros aspectos, a conservação dos recursos renováveis, a adaptação das espécies cultivadas às condições ambientais e a conservação de níveis sustentáveis, de produtividade.

Enquanto as irmãs fazem sua parte, o governo Bolsonaro já avisou os agrotóxicos vão entrar com tudo no Brasil. O Ministério da Agricultura já publicou no Diário Oficial da União de 10 de janeiro último o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre eles um aditivo inédito, o Sulfoxaflor, que já causa polêmica nos Estados Unidos.(Link)

(Com informações de divulgação)

Site da Muda Meu Mundo.