Em apenas 10 dias, o governo Bolsonaro já transformou o Estado em aparelho ideológico e de benefícios para amigos e parentes. O governo do capitão do exército chegou com tanta sede ao pote de ouro do Estado Brasileiro que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou logo na quarta-feira, dia 2, a exoneração de cerca de 300 servidores comissionados da pasta para fazer um completo aparelhamento e colocar os apoiadores do governo.

(foto agencia brasil)

Para disfarçar e enganar a população, o ministro chamou de ‘despetização’, mas o PT nem era mais governo e muitos eram apenas funcionários que não demonstraram publicamente apoio ao governo de extrema-direita. O deputado do PT, Paulo Pimenta, classificou a medida como “coisa de neofascista”.

Em outra frente, há as indicações de amigos, parentes e conhecidos. Chamado de “amigo particular” pelo presidente eleito Jair Bolsonaro em um vídeo de campanha política, Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras.

O cargo forma o segundo escalão na hierarquia da Petrobras, abaixo apenas da diretoria, tem salário em torno de R$ 50 mil.

A empresa defende a indicação de Nagem e alega que o amigo do Bolsonaro trabalha há 11 anos na Petrobras e tem o currículo adequado para a vaga.

Outro que se deu bem foi o filho do vice-presidente, Hamilton Mourão, o bancário Antonio Hamilton Mourão. Ele trabalha no Banco do Brasil e tinha um salário de aproximadamente R$ 12 mil. Agora, com a promoção, o ordenado do filho do vice-presidente subirá para R$ 37,5 mil.

Além desses, há uma infinidade de cargos estão sendo disputados e entregues a apoiadores do governo. Somente o juiz Sérgio Moro terá 2.647 cargos comissionados com a superministério.