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Colega de Moro, Onyx pagou a empresa de amigo R$ 317 mil por ‘aconselhamento’

Onyx Lorenzoni, colega do juiz Sérgio Moro no governo Bolsonaro, usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria de um amigo seu de longa data. Os recibos permitiram receber R$  317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre 2009 e 2018. As informações foram dadas pelo jornal Zero Hora na manhã de hoje, dia 8. Segundo o jornal,das 80 notas emitidas, 29 foram em sequência, o que indica Onyx como único cliente da empresa.

(foto valter campanato – ag brasil)

A empresa, chamada Office RS Consultoria Sociedade Simples, é de Cesar Agusuto Ferrão Marques, técnico em contabilidade também filiado ao DEM, como Onyx. Ele também trabalhou nas campanhas políticas de Onyx. Segundo o jornal, Marques não tem registro no Conselho Regional de Contabilidade, mas é o responsável pela contabilidade do DEM no Rio Grande do Sul.

Pelas informações coletadas pelo jornal, a empresa está inapta na Receita Fedeeral por omissão de valores ao fisco e tem R$ 117 mil em dívidas tributárias. No período compreendido entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx.

Ao Zero Hora, Marques confirmou que trabalha com Onyx há quase 30 anos como consultor tributário. Mas disse que o ministro não é seu único cliente. Ele, que tem outra empresa, disse que emite parte das notas fiscais por uma empresa ou por outra devido a questões tributárias.

Já Onyx Lorenzoni, em nota oficial, disse que não há nada irregular. “A empresa sempre prestou os serviços e recebeu por eles, na forma da lei. Trata-se de consultoria tributária – não apenas para projetos meus e sim aconselhamento para todos os projetos em destaque nesta questão“, afirmou, dizendo que a empresa faz o acompanhamento da execução do orçamento geral da União para fins de emendas parlamentares. 

“Com relação aos recursos da campanha eleitoral, cabe esclarecer que a empresa prestou serviços para o partido e todos os candidatos”. Segundo ele, todas as contas foram aprovadas e há rígido acompanhamento sobre a questão. (Do GGN)

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